Em comunicado hoje divulgado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa avança que os factos ocorreram na quarta-feira, cerca das 19:45, aquando de um patrulhamento e vigilância, no âmbito do estado de calamidade, nas chamadas zonas urbanas sensíveis.
A patrulha detetou uma viatura a circular "em velocidade, sofrendo um despiste" em plena Rotunda das Olaias, em Lisboa, vindo a imobilizar-se no sentido contrário à marcha dos veículos.
De forma a perceber se teria sido um despiste ou acidente, os agentes dirigiram-se ao veículo em questão, cujo condutor, ao aperceber-se da abordagem, iniciou marcha "em grande velocidade", colocando-se em fuga.
Segundo as autoridades, foi-lhe dada voz de paragem de forma clara, que não acatou, efetuando gestos obscenos com os dedos da mão para o exterior da janela da viatura em direção aos agentes policiais.
O homem refugiou-se no interior do Bairro Portugal Novo, onde veio a ser intercetado num largo sem saída, onde continuou a recusar, "por diversas vezes, acatar as ordens legais", tendo saído "aos gritos da viatura, pedindo auxílio aos residentes para impedir e criar resistência à abordagem policial".
Tendo em conta a envolvente do local, e sendo uma situação de potencial risco, os polícias tiveram de efetuar "recurso passivo à arma de fogo, visando garantir uma abordagem em segurança para a identificação do indivíduo".
Durante a abordagem, o suspeito reagiu com violência, agredindo dois agentes, que viram a ação policial ser perturbada por dezenas de pessoas que entretanto saíram dos prédios, o que levou ao acionamento de reforço policial.
O suspeito e os agentes foram assistidos devido aos ferimentos, tendo os dois elementos policiais necessitado de se deslocar a unidade hospitalar para cuidados médicos.
De acordo com as autoridades, o suspeito "exalava forte odor a álcool e por se encontrar à altura na prática de condução de veículo automóvel" foi-lhe determinado que efetuasse teste qualitativo ao álcool, o que este recusou.
Desta forma, foram levantados autos de transgressão pelas infrações cometidas durante o exercício da condução e, depois de presente hoje à secção de Pequena Criminalidade, ficou com Termo de Identidade e Residência, tendo o processo baixado a inquérito.