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"Até à próxima quarta-feira, 90% da população da Madeira terá máscaras"

Cerca de 90% da população da Madeira vai receber máscaras comunitárias, de forma gratuita, até à próxima quarta-feira, no âmbito do combate à pandemia de covid-19, anunciou hoje o executivo regional.

"Até à próxima quarta-feira, 90% da população da Madeira terá máscaras"
Notícias ao Minuto

13:50 - 07/05/20 por Lusa

País Governo Regional

"<span class="news_bold">Até quarta-feira, 90% da população da Madeira terá máscaras certificadas", declarou o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, durante o debate mensal ocorrido hoje na Assembleia da Madeira, no Funchal, subordinado ao tema 'covid-19'.

O governante indicou que, "até ao momento, foram distribuídas quase 90 mil máscaras", referindo que "estão cobertas todas as cinco freguesias de Câmara de Lobos", localidade onde surgiu uma cadeia de transmissão com mais de 200 contactos e que esteve durante duas semanas sujeita a uma cerca sanitária.

Pedro Calado acrescentou que também "grande parte concelho Funchal [10 freguesias] já recebeu as máscaras e já está terminada a distribuição na ilha do Porto Santo".

"Até sábado, mais 127 mil mascaras comunitárias certificadas estarão entregues na região", reforçou.

O vice-presidente salientou que "o Governo Regional tem dado passos seguros, eficazes e de forma pioneira naquilo que foram indicações a nível nacional".

"Ainda quando não havia nenhuma entidade a certificar, o Governo Regional estava em contacto com as empresas regionais para serem confecionadas máscaras comunitárias do tipo 3, certificadas pela Direção-Geral da Saúde", sublinhou.

O executivo, acrescentou, mandou fabricar 450 mil máscaras em sete empresas regionais, o que representou um investimento 700 mil euros, visando "oferecer duas por lar, numa lógica de distribuir à medida que foram ficando prontas".

Pedro Calado também destacou que o Governo Regional "derramou do seu próprio orçamento, por todas as áreas afetadas pela pandemia, apoios na ordem dos 230 milhões de euros".

"Mas não temos capacidade para sozinhos enfrentar todas as adversidades que aí vêm", disse, acrescentando ser "urgente uma resposta da República".

O vice-presidente do executivo madeirense realçou o "comportamento da Europa em relação a muitos países, isentando do défice e permitindo o endividamento".

"Do Governo da República, pasme-se, não há uma única palavra para com as regiões autónomas", sublinhou, defendendo que "urge haver clarificação, uma resposta clara sobre a forma como a Madeira pode ter esse apoio".

A taxa de desemprego deverá ascender aos 18% na região, alertou, defendendo por isso a necessidade de "mais ações concretas e não politiquice barata".

Por outro lado, lembrou que a Madeira vai sofrer uma redução de receitas fiscais na ordem dos 150 milhões de euros.

"Não conseguimos apoiar todos os setores com as anulações de receitas, se não tivermos acesso ao crédito, não tivermos apoio da República e com este corte de receitas fiscais", sublinhou.

Por seu turno, o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos, reforçou que a Madeira tem vindo a aumentar a sua capacidade diária de realização de testes da covid-19, tendo começado com apenas 50, mas "vai chegar aos 700".

"Hoje vamos ultrapassar os 5.000 testes realizados", informou, indicando que já foram efetuados em unidades hoteleiras, hospitais, unidades de saúde e lares de terceira idade e que está previsto abranger os professores e o Estabelecimento Prisional do Funchal.

Durante o debate, o secretário da Economia madeirense, Rui Barreto, lembrou que da linha de apoio de 100 milhões de euros (ME) criada para apoiar o tecido empresarial regional, "montada em tempo recorde", 80 ME já foram distribuídos, contando com 2.727 candidaturas, das quais 90% são micro e médias empresas.

Na sessão também participou a secretária da Inclusão e Cidadania, Augusta Aguiar, que foi questionada sobre o trabalho efetuado na área da violência doméstica. A governante referiu que foi criada uma estrutura, que acolheu durante a pandemia dois casos, e que se registou um aumento apenas ao nível da violência psicológica.

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