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Tribunal de Guimarães julga homem que matou uma mulher à facada

O Tribunal de Guimarães começou hoje a julgar um homem de 53 anos que em abril de 2019 agrediu quatro pessoas à facada num café em Fermentões, naquele concelho, matando uma delas.

Tribunal de Guimarães julga homem que matou uma mulher à facada
Notícias ao Minuto

18:53 - 29/04/20 por Lusa

País Julgamento

O julgamento decorre à porta fechada, por causa da pandemia de covid-19.

Segundo a acusação, os factos remontam a 20 de abril, cerca das 22h00, quando as vítimas estavam a confraternizar no exterior de um café e uma delas começou a cantarolar uma música com o refrão "maluco, maluco, maluco".

O arguido, que se encontrava dentro do café, achou que o estavam a gozar, pegou numa faca de cozinha e esfaqueou "com vários golpes com força" o jovem que estava a cantar.

As outras três vítimas, incluindo a mãe do jovem, acudiram para tentar parar as agressões, mas também acabaram por ser atingidas com vários golpes.

A mãe do jovem, de 46 anos, pôs-se à frente do arguido para evitar que o filho continuasse a ser atingido e acabou por ser novamente golpeada.

Foi transportada ao hospital mas não resistiu aos ferimentos.

O filho, e ainda segundo a acusação, só não morreu por ter sido prontamente assistida no hospital.

As outras duas sofreram lesões que lhes determinaram vários dias de doença.

O Ministério Público sublinha que o arguido agiu por motivo "insignificante e irrelevante" e usou um objeto "particularmente perigoso", o que confere à sua conduta "uma dimensão de danosidade social mais intensa e reprovável".

O arguido está acusado de dois crimes de homicídio qualificado, um dos quais na forma tentada e responde ainda por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada, estando atualmente em prisão preventiva.

Em sede de primeiro interrogatório judicial, o arguido disse que, no dia dos factos, viu um homem, com cerca de 30 anos, à porta do café a fazer gestos de "macaco", o que o fez sair "disparado virado" a ele.

Disse ainda não se recordar do que aconteceu a seguir, exceto que entrou no seu automóvel, deu algumas voltas ao local e foi à polícia.

Também alegou não se recordar se levava uma faca consigo, mas admitiu que era costume sair sempre com uma faca de cozinha de serrilha.

Tinha golpes no braço, mas disse que não sabia como os fez, mas acrescentou que foi isso o que o fez ir à polícia.

O julgamento prossegue no dia 11 de maio.

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