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ONU pede que não se resgatem indústrias poluentes na atual crise

O secretário geral ONU, António Guterres, defendeu hoje que, na situação da pandemia da covid-19, o dinheiro público não deve servir para resgatar indústrias poluentes, mas ser direcionado para investimentos em modelos sustentáveis que permitam combater as alterações climáticas.

ONU pede que não se resgatem indústrias poluentes na atual crise
Notícias ao Minuto

22:49 - 28/04/20 por Lusa

País ONU

"Quando o dinheiro dos contribuintes é necessário para resgatar as empresas, devem-se criar empregos verdes e crescimento inclusivo e sustentável", disse António Guterres no 11.º Congresso Internacional Petersberg Climate Dialogue, em Berlim, através de videoconferência.

O português considerou ainda que o dinheiro público "não deve ser para resgatar indústrias obsoletas e poluentes".

O chefe das Nações Unidas pediu, na ocasião, que se aproveitassem os bilhões de dólares para sair da crise pandémica, direcionando-os para a realização de "uma transição energética", investindo-os, sobretudo, em tecnologias verdes, como incentivo às tecnologias limpas, e substituindo os subsídios para os combustíveis fósseis.

António Guterres referiu também que, quer o aquecimento global, quer a pandemia da covid-19, exigem uma "liderança corajosa, visionária e colaborativa" e lembrou também que os grandes países emissores, com a China e os Estados Unidos à frente, são "a chave do sucesso".

"Sem a contribuição dos grandes [países] emissores, todos os nossos esforços correm o risco de estar predestinados ao fracasso", alertou.

Guterres disse ainda que, nestes tempos difíceis, também "há esperança" e que a comunidade internacional tem diante de si "uma oportunidade de reconstruir um mundo melhor".

"Vamos usar a recuperação face à pandemia para estabelecer as bases para um mundo mais seguro, saudável, inclusivo e resiliente para todos", salientou o responsável.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 214 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 840 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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