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Sindicato nos Açores alerta para falhas no acesso ao ensino à distância

O Sindicato dos Professores da Região Açores alertou hoje para falhas no levantamento das necessidades de equipamentos informáticos dos alunos feito pelo Governo Regional e demonstrou preocupação com as condições para o regresso ao ensino presencial.

Sindicato nos Açores alerta para falhas no acesso ao ensino à distância
Notícias ao Minuto

13:44 - 28/04/20 por Lusa

País Educação

Em declarações à agência Lusa, António Lucas, dirigente do sindicato, mencionou que "houve a opção do Governo [Regional dos Açores] e de outras instituições de tentar facultar esses equipamentos, sobretudo a partir do 2.º ciclo, portanto, o 1.º ciclo e a educação pré-escolar ficaram de fora desta iniciativa".

O sindicalista adiantou que, "em todas as ilhas, com exceção de São Miguel, a esmagadora maioria dos alunos têm os equipamentos. Em São Miguel, também pela sua dimensão, na sexta-feira, ainda não estava cumprido esse desiderato".

No levantamento feito pela tutela "não houve a preocupação de procurar saber se os docentes tinham as condições para o teletrabalho", acusa o sindicato, em comunicado, mas o dirigente afirmou que, "tanto quanto foi possível apurar, as escolas facultaram" equipamentos informáticos aos professores que não os tinham.

"O que acontece nas casas dos professores é que há mais do que uma pessoa a utilizar o mesmo equipamento", um problema que também se estende a alunos, como em casos de "famílias com crianças em idade escolar e em que, pelo menos, um pai está em teletrabalho".

Outra das questões levantada pela unidade sindical é a sobrecarga do horário de trabalho dos docentes, "porque, embora formalmente se diga que o professor tem menos carga horária, o trabalho letivo não é só esse".

"Todo aquele trabalho de apoio aos alunos é um trabalho constante e é multiplicado por vários alunos. Isto implica uma ocupação temporal muito grande", concretizou.

Essa sobrecarga afeta, particularmente, os diretores e titulares de turma, que "fazem a ponte entre todos os outros professores da turma e os encarregados de educação".

No regresso ao ensino presencial, como se prepara para os 11.º e 12.º anos, vão haver "professores que vão ter de dar aulas nas duas modalidades [presencial e à distância]".

"As turmas vão ter de ser divididas por causa do distanciamento social. Precisamos de saber de quantos recursos humanos vamos precisar a mais", prosseguiu.

António Lucas admite que, "para já, a maior preocupação" é "que as escolas estejam devidamente desinfetadas e que os alunos e os professores tenham todos os equipamentos de proteção".

O sindicato denuncia, ainda, falhas no acesso às várias plataformas disponíveis, bem como "diretrizes contraditórias, sobre esta matéria, por parte da Direção Regional da Educação".

Até ao momento, já foi detetado na região um total de 138 casos, verificando-se 37 recuperados, 11 óbitos e 90 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença COVID-19.

Dos casos ativos, 66 estão em São Miguel, três na ilha Terceira, cinco na Graciosa, dois em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.

A região não regista nenhum caso positivo há seis dias consecutivos.

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