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"Muitas regras aplicadas" durante Estado de Emergência "são para manter"

Além do secretário de Estado da Saúde e da diretora-geral da Saúde, hoje esteve presente, na conferência de imprensa de balanço diário da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, o diretor-geral do SICAD.

"Muitas regras aplicadas" durante Estado de Emergência "são para manter"
Notícias ao Minuto

13:30 - 24/04/20 por Notícias Ao Minuto

País Covid-19

A conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, contou, esta sexta-feira, não só com a presença do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e da diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, como também do diretor-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, João Goulão (SICAD).

Como tem sido habitual, a atualização dos dados da Covid-19 em Portugal é feita a partir do Ministério da Saúde, na Avenida João Crisóstomo, em Lisboa.

O briefing diário começou com o secretário de Estado da Saúde a informar que a taxa de letalidade global é 3,7% e de 13,5 % acima dos 70 anos.

Lacerda Sales revelou também que 86,2% dos casos diagnosticados com Covid-19 estão em tratamento domiciliário, 4,7% em internamento, dos quais 0,8% em cuidados intensivos.

O secretário de Estado da Saúde garantiu que, desde o dia 1 de março, “foram feitos 317 mil testes de diagnóstico em Portugal”. Terça-feira, 21 de abril, foi o dia com mais amostras, quando foram feitos 14.769 testes, dos quais 7,6% tiveram resultado positivo. Ou seja, reforçou, Lacerda Sales, “o aumento de testagem não tem revelado um aumento de casos positivos”.

Com uma "testagem de cerca de 30 mil testes por um milhão" de habitantes, António Sales repetiu hoje que Portugal “está a testar mais que a Alemanha, a Itália e a Áustria, que é uma capacidade reforçada”.

Antes de passar a palavra ao diretor-geral do SICAD, o governante salientou que os portugueses têm sido responsáveis durante o Estado de Emergência e disse acreditar que “também o serão na hora do desconfinamento“, na “primavera, que ainda não chegou”.

Linha VIDA SOS Droga 1414 reforçada

João Goulão começou por dar uma palavra de agradecimento às ONG e frisar que estas têm conseguido ser "inovadoras", lembrando que, há alguns dias, foi chamado a intervir - no caso dos migrantes que habitavam num hostel de Lisboa -  e quando chegou ao local “já estas já estavam a colaborar com outras entidades e através do envolvimento do ACEGE e das próprias autoridades de Saúde”.

O responsável do SICAD sublinhou ainda que, “para algumas destas populações” [em risco], as medidas de higiene, como a lavagem das mãos são mais difíceis conseguir.

Ainda durante a sua intervenção na conferência de hoje, João Goulão anunciou o reforço "da linha de auto ajuda, a 1414, a linha mais antiga de ajuda telefónica em Portugal".  "[Esta linha] estava em perda de importância e voltámos a reforçá-la em termos de recursos humanos, com pessoas", clarificou.

Antes de terminar, o diretor do SICAD revelou ainda que “a Linha Vida vinha perdendo importância em detrimento da Saúde 24, mas em virtude das necessidades atuais, voltámos a incentivá-la [...]. Nas chamadas, há principalmente pessoas com abuso de álcool, mas também questões colocadas a propósito do jogo [apostas online]”. Contudo, sublinhou, o volume das chamadas é ainda bastante baixo. "Tratam-se de dezenas de chamadas. Temos quatro funcionários. Nota-se acréscimo paulatino desta procura”, acrescentou.

Temos de continuar com “muitas das regras aplicadas"

Por sua vez, a diretora-geral de Saúde salientou que quando “retormarmos a atividade”, temos de continuar a ter “muitas regras aplicadas nas últimas semanas.” Graça Freitas pediu assim aos portugueses para continuarem a conviver no núcleo familiar, com distanciamento social, a manter a etiqueta respiratória e hábitos de higiene. Se isto não for feito, frisou, “a curva vai subir, porque o vírus continua a circular em Portugal, na Europa e no Mundo e o sistema de saúde vai ser submetido a uma grande pressão”.

Antes de passar a palavra aos jornalistas para as questões diárias, a diretora-geral de Saúde recordou ainda que o “grau de proteção de saúde adequado”, é preciso “manter equilíbrio entre pandemia e capacidade do sistema de saúde”.

"Monopólio" na venda de máscaras?

A primeira questão colocada pelos jornalista estava relacionada com um, alegado, "monopólio" na venda de máscaras. De acordo com o profissional da RTP, a DGS adquiriu a uma só empresa milhares de euros em máscaras. Graça Freitas esclareceu que há uma “central de compras” gerida pelos Serviços do Ministério da Saúde que “faz processo de aquisição centralizado, que atua estritamente no cumprimento da lei e que torna público todos os processo de concurso”.

Covid-19 transmitido através da amamentação? "Não está comprovado"

Posteriormente, Graça Freitas foi questionada sobre a, alegada, indução de partos, e sobre a possibilidade das mães infetadas poderem dar de mamar aos recém-nascidos. “Relativamente aos partos, não há nenhuma indicação, é uma decisão clínica. Quanto ao leite materno, até à data, poderá ser utilizado. Os benefícios do aleitamento materno serão superiores, a riscos eventuais de transmissão que não está comprovada. O que não quer dizer que não poderão ser tomadas algumas medidas. Contudo, é uma matéria que está a ser estudada em todo o mundo. Pelos maiores peritos nestas questões. Estão a ser estudados os benefícios versus eventuais riscos. Até à data, essa circunstância, não foi comprovada”, disse, salientando, no entanto, que a palavra final fica para os profissionais de saúde que estão a acompanhar as mães.

Testes serológicos? "É preciso muita cautela"

Sobre os testes serológicos, a diretora-geral da Saúde lembrou que esta "é uma questão que está a ser avaliada e estudada em todo o mundo” e que é necessária “muita cautela com estes testes“ porque, um estudo recente, feito “numa população com grande exposição à doença e as notícias não são animadoras, mas 14% tinha anticorpos, mas não se sabia se esses anticorpos eram suficientes e se a proteção é duradoura”.

Apesar disso, os mesmos vão avançar e o “estudo piloto do Instituto Ricardo Jorge” também vai continuar.

Acompanhe aqui a conferência da DGS:

Consulte aqui informação mais detalhada sobre a pandemia por concelho. 

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