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STAL exige "proteção prioritária" para bombeiros voluntários

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) exigiu hoje ao Governo "proteção prioritária para os trabalhadores de primeira linha", nomeadamente para os bombeiros voluntários envolvidos no combate à pandemia da covid-19.

STAL exige "proteção prioritária" para bombeiros voluntários
Notícias ao Minuto

13:01 - 07/04/20 por Lusa

País Covid-19

Em comunicado, o STAL critica a "descoordenação e negligência" da parte da Administração Central em assegurar meios de proteção aos trabalhadores de primeira linha, como é caso dos Bombeiros das Associações Humanitárias, e anuncia ter enviado um "ofício ao Governo em que apela à tomada de medidas excecionais".

No documento, entregue na segunda-feira à secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o sindicato refere "a inexistência de um plano de distribuição de equipamentos de proteção individual" e considera que a inação da Administração Central neste domínio tem sido parcialmente colmatada pelas câmaras municipais, algumas empresas e pelas próprias corporações de bombeiros.

O STAL defende que perante o "advento da pandemia", o "Governo deveria ter providenciado à criação de uma reserva nacional, gerida por uma única entidade, designadamente a Proteção Civil, para garantir em tempo útil a proteção destes trabalhadores de primeira linha, evitando que se tornem também focos de transmissão do vírus".

Segundo a estrutura sindical, "apesar de inúmeros reparos e chamadas de atenção, as medidas orientadoras para os trabalhadores bombeiros ao nível das práticas de redução de contaminação foram divulgadas tardiamente (em 20 de março), só tendo chegado a muitas associações dias depois".

O sindicato lembra que se registam "vários casos de bombeiros infetados, designadamente em Braga ou em Cascais, onde a respetiva corporação teve de ser encerrada".

"No sentido de mitigar consequências mais gravosas, o STAL apela à secretária de Estado -- que enquanto responsável da Proteção Civil é também responsável pela saúde e segurança dos trabalhadores deste sector -- que adote com urgência medidas excecionais, com vista a munir todas as associações humanitárias de bombeiros voluntários com os equipamentos necessários à proteção destes trabalhadores e daqueles a quem prestam serviço", lê-se no comunicado.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

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