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Polícia Municipal da Amadora fiscaliza mas apoia os mais vulneráveis

A Polícia Municipal tem sido importante na fiscalização de estabelecimentos e do espaço público no concelho da Amadora, mas também no apoio social às pessoas mais vulneráveis, disse hoje à agência Lusa o comandante desta força policial.

Polícia Municipal da Amadora fiscaliza mas apoia os mais vulneráveis
Notícias ao Minuto

15:59 - 06/04/20 por Lusa

País Covid-19

Um decreto governamental, aprovado na quinta-feira, determina que a Polícia Municipal passa, juntamente com as forças e serviços de segurança, a fiscalizar as medidas previstas no estado de emergência, que foi prolongado devido ao surto da covid-19.

Este decreto estabelece igualmente que as polícias vão passar a aconselhar à "não concentração de pessoas na via pública e a dispersar as concentrações superiores a cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar", além de recomendarem "a todos os cidadãos o cumprimento do dever geral do recolhimento domiciliário".

Contudo, no concelho da Amadora, no distrito de Lisboa, a Polícia Municipal tem participado nas medidas de combate ao surto da covid-19 desde o dia 16 de março, ainda antes da declaração do estado de emergência, segundo disse à Lusa o comandante daquela força, Luís Carvalho.

"Começamos um pouco antes, até porque começou a haver um agravamento do conjunto de medidas e fomos logo, até mais numa perspetiva de prevenção, alertando, no espaço público, para a necessidade de manter o distanciamento social e a importância do isolamento", justificou.

Luís Carvalho explicou que os agentes da Polícia Municipal da Amadora têm atuado no âmbito da fiscalização, dos estabelecimentos comerciais e da circulação na via pública, mas também numa perspetiva social, nomeadamente no apoio aos sem-abrigo e aos idosos que vivem numa situação de isolamento.

"Neste momento, há uma linha de apoio social em que são sinalizadas e identificadas situações e a Polícia Municipal naquelas que são mais críticas e em que é necessária a deslocação à residência acompanhamos", explicou. 

Relativamente à fiscalização de estabelecimentos, o responsável referiu que existe sempre uma primeira abordagem pedagógica e de sensibilização, mas que nos casos de reincidência são aplicadas multas.

"Temos sobretudo casos de cafés e de cabeleireiros que continuaram a funcionar. No caso de cafés, temos situações de pessoas que são atendidas à porta fechada. Para já, contabilizamos duas dezenas de estabelecimentos que foram autuados", adiantou.

Já relativamente ao espaço público, o comandante da Polícia Municipal refere que ainda existe a necessidade de abordar vários idosos e jovens para a necessidade de permanecerem em casa, sendo os mais velhos o grupo mais difícil de sensibilizar.

"As pessoas de idade são as mais resistentes. Dizem-nos que já passaram por muito, que estão imunes e que têm necessidade de sair", contou.

Apesar disso, Luís Carvalho faz um balanço positivo e destaca o empenho da Polícia Municipal em fazer cumprir as medidas decretadas durante o estado de emergência.

"Neste momento temos todo o efetivo ao serviço. Muitos agentes abdicaram das férias para reforçar as equipas de rua", sublinha.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes por covid-19, mais 16 do que na véspera (+5,4%), e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo (+4%).

Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.

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