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Trabalhadores. Sindicatos dizem estar vigilantes na defesa dos direitos

A Federação Nacional da Educação (FNE) alertou hoje para os perigos da pandemia da covid-19 se transformar numa crise económica com graves repercussões nos trabalhadores, sublinhando estar "vigilante na defesa dos direitos" de quem trabalha.

Trabalhadores. Sindicatos dizem estar vigilantes na defesa dos direitos
Notícias ao Minuto

12:04 - 03/04/20 por Lusa

País Covid-19

A FNE sublinha que este é um problema internacional e acusa alguns países de se aproveitarem da atual situação para reduzir os direitos dos trabalhadores.

"Os sindicatos estão a receber todos os dias informações sobre trabalhadores penalizados com a redução de salários ou até com cessação de contratos de trabalho, com perda de rendimentos e sem o direito a qualquer compensação, para além da imposição do gozo antecipado de férias", alertou a FNE em comunicado enviado hoje para as redações.  

Para a Federação, a atual situação está "a criar uma dramática crise social que não pode deixar-se transformar numa crise económica, da qual será muito difícil recuperar".

Por isso, os sindicatos da FNE garantem que se "mantêm vigilantes, trabalhando no dia-a-dia na defesa dos direitos dos Trabalhadores da Educação, denunciando todas as situações de atropelo e desconsideração, procurando dar voz às reivindicações, sem desistir da valorização das suas condições de trabalho".

Desde que o Governo português anunciou, pela primeira vez em meados de março, o Estado de Emergência que foram avançadas medidas de proteção para as empresas e para os trabalhadores.

A FNE lembra que este é um problema internacional para o qual o movimento sindical europeu tem feito advertências aos Governos, nomeadamente a de "se lembrarem dos trabalhadores e das suas necessidades, sem esquecer que deve ser preparado um novo arranque para a economia que no pós-crise será doloroso".

A FNE reconhece que têm sido implementadas medidas extraordinárias de apoio a trabalhadores e empresas devido à emergência da covid-19.  

No entanto, lembra os "trabalhadores de vários setores sociais da Europa que continuam a sofrer com despedimentos em larga escala, não pagamento de salários e perdas de salários, ambientes de trabalho inseguros e violações dos seus direitos e proteções".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes e 9.034 casos de infeções confirmadas.

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até 17 de abril.

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