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"As proteções adequadas nem sempre têm sido garantidas"

Bastonário dos Médicos denuncia falta de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde e forças de segurança.

"As proteções adequadas nem sempre têm sido garantidas"

O Bastonário dos Médicos denunciou, esta segunda-feira, a falta de equipamentos de proteção individual, numa entrevista dada à SIC Notícias, depois do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, ter revelado que 853 profissionais de saúde estão infetados com Covid-19, em Portugal.

"As proteções adequadas nem sempre têm sido garantidas, nomeadamente, as máscaras que deviam ser obrigatórias nos sítios onde a probabilidade de proteção deve ser obrigatória. Nós temos tido falta de equipamento e a prova é que muitas empresas e muitas instituições da sociedade civil têm feito um esforço enorme para doarem ao Sistema Nacional de Saúde (SNS) este tipo de equipamento", afirmou Miguel Guimarães, adiantando que faltam também luvas, viseiras e outros artigos.

Sobre as 200 mil máscaras que, esta segunda-feira, chegam a Portugal, o bastonário dos médicos sublinhou que se os profissionais de saúde utilizarem estas corretamente, apenas "darão para dois dias".

"O tempo de duração de uma máscara num profissional de saúde está determinado. Uma máscara cirúrgica não dá proteção para além de quatro horas e seis horas noutro tipo de máscaras. O que significa que os profissionais de saúde deveriam mudar as máscaras pelo menos duas vezes durante o mesmo turno", explicou através do Skype.

Sobre o número de infetados no SNS com o novo coronavírus, que corresponde, segundo Miguel Guimarães, "entre 13% a 15%" dos profissionais de saúde de Portugal, o bastonário confessou estar bastante preocupado.

"É um número que me preocupa porque nós temos de proteger estes profissionais. Há duas coisas que são absolutamente essenciais que temos de fazer. Não quer dizer que não estejam a ser feitas, mas estão a ser feitas de forma deficiente. A primeira é proteger devidamente e com a proteção adequada todos os profissionais da área da segurança, que estão a cuidar dos portugueses neste momento. E o segundo aspecto diz respeito aos profissionais de saúde e aos cuidadores de idosos e que deviam ser submetidos regularmente a testes", atirou.

E isto porque, concluiu Miguel Guimarães, "a exposição que um profissional de saúde tem num hospital, numa unidade de saúde, em que vê muitos doentes, doentes suspeitos de Covid-19 e não suspeitos, a probabilidade de um profissional de saúde infetar e até estarem assitomáticos é grande e, por isso, seria importante, como medida adicional - até para proteger a saúde pública, os profissionais de saúde e, sobretudo, o doentes - que os profissionais de saúde fossem testados regularmente, por exemplo de 14 em 14 dias, ou até semanalmente".

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