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Seixal acionou plano de apoio social a idosos e pessoas isoladas

A Câmara do Seixal acionou um plano de apoio social para os idosos e pessoas em isolamento com a entrega ao domicílio de refeições confecionadas, medicamentos e outros bens de primeira necessidade, disse hoje a autarquia.

Seixal acionou plano de apoio social a idosos e pessoas isoladas
Notícias ao Minuto

18:18 - 24/03/20 por Lusa

País Covid-19

O plano de apoio é concretizado em parceria com as juntas de freguesia e as instituições sociais do concelho como forma de manter estas pessoas de maior fragilidade resguardadas nas suas casas.

A autarquia anuncia ainda que quem pretender ajudar e ser voluntário na prestação destes serviços e outros apoios pode contactar a sua junta de freguesia.

O concelho do Seixal tem 170 mil habitantes, dos quais 25 mil têm mais de 65 anos.

No âmbito do plano foram também acionadas três linhas de apoio para fazer face às consequências da pandemia covid-19: a Linha 65 (800 20 88 75 ou mail@criar-t.org) para apoio às refeições aos mais de 60 anos, a Linha de Encaminhamento Social (210 976 220 ou ddsc@cm-seixal.pt) para compras, idas à farmácia ou outro tipo de apoio urgente e indispensável e ainda de encaminhamento de pessoas em situação de isolamento, com doenças crónicas ou famílias monoparentais, com menores de 12 anos, e a Linha de Apoio Psicológico «A Voz do Amor» (964 764 398 ou vozdoamor2000@gmail.com) para apoio psicológico às pessoas em isolamento.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, disse que autarquia está a tentar apoiar o máximo possível as instituições e munícipes e apontou criticas à Segurança Social, indicando que esta não está a assumir um papel ativo neste processo.

"Quando os problemas surgem, são as câmaras municipais que assumem a coordenação destes processos. Precisávamos que a Segurança Social tivesse um papel ativo, mas ainda não vi equipa nenhuma", disse.

O presidente da autarquia do Seixal recordou que 85% dos impostos vão para o Estado e o restante para as autarquias considerando assim que "é necessário ver uma tradução prática desses impostos em termos de apoios".

Segundo Joaquim Santos, tem havido relatos no concelho de falta de apoio para os bombeiros, que estão no terreno sem proteção adequada, e para as instituições sociais.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos do Seixal -- AURPIS, João Saúde, disse que têm falta de máscaras, luvas e batas e que o apoio que têm tido para adquirir esse equipamento surgiu da autarquia.

"Recebi mails de fornecedores que pediram 2.300 euros por 2.000 máscaras e isto é incomportável. Temos tido o apoio da Câmara Municipal que conseguiu adquirir algum material. Vivemos uma situação difícil porque os equipamentos de proteção estão a acabar e nós temos 160 domicílios por dia", disse.

A autarquia, adiantou João Saúde, conseguiu adquirir na segunda-feira 300 máscaras e 200 luvas e no domingo 200 máscaras e 200 luvas.

Questionado sobre o apoio dispensado pela Segurança Social para a gestão da crise, João Saúde explicou que, até ao momento, a entidade só pediu à AURPIS a indicação de quantas vagas poderia dispor para o apoio domiciliários e para os idosos que saem dos hospitais.

A AURPIS enviou por email pedidos de ajuda à Segurança Social e à Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), mas até agora, assegurou, não houve qualquer resposta.

"Nós mandámos e até agora não chegou nada, nem resposta a dizer que sim ou que não", frisou.

A AURPIS faz domicílios no Seixal, Paio Pires, Casal do Marco, Amora, Torre da Marina, Bairro das Cavaquinhas, Arrentela, Bairro Novo e Correr d`Água.

Em 80% dos domicílios são necessários cuidados de higiene, além da alimentação, mas, no momento, adiantou João Saúde, essa tarefa está a ser pedida às famílias.

A instituição tem ainda um lar com 56 idosos ao seu cuidado.

Segundo João Saúde, foi ativado o plano de contingência para os serviços que presta, com metade da equipa em casa de prevenção.

Em Portugal, há 33 mortes, mais sete do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.

Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

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