Meteorologia

  • 19 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 14º MÁX 21º

Carlos Gonçalves representou "rigor e melancolia" da guitarra portuguesa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do guitarrista Carlos Gonçalves, lembrando-o como alguém que soube representar a essência da guitarra portuguesa "na sua vivacidade, rigor e melancolia".

Carlos Gonçalves representou "rigor e melancolia" da guitarra portuguesa
Notícias ao Minuto

17:17 - 24/03/20 por Lusa

Cultura Marcelo

Numa nota disponibilizada no 'site' da Presidência da República, é referida a parceria do músico com a fadista Amália Rodrigues, salientando que ficou "conhecido pela sua sensibilidade estrófica e tónica, adequando-se à voz e ao canto de Amália".

Marcelo Rebelo de Sousa traça um breve historial do músico, recordando que acompanhou "artistas maiores como Maria Teresa de Noronha ou Alfredo Marceneiro".

O guitarrista Carlos Gonçalves, de 81 anos, morreu segunda-feira, em Lisboa.

A Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX aponta Carlos Gonçalves como "um dos mais destacados" músicos de fado da sua geração.

Carlos Gonçalves acompanhou Amália Rodrigues (1920-1999), durante cerca de 30 anos, para quem compôs várias melodias, maioritariamente para poemas de autoria da fadista, como "Lágrima", "Grito", "Amor de Mel, Amor de Fel", "Sou Filha das Ervas", "Ó Pinheiro Meu Irmão", "Ai, Maria", "Ai, Minha Doce Loucura" ou "Lavava, no rio Lavava", entre outros.

A colaboração do músico com Amália iniciou-se em 1969, ainda com José Fontes Rocha (1926-2011) como primeira guitarra, e como principal guitarra a partir de 1980, tendo-a acompanhado em todas as suas digressões.

Sobre as suas composições para Amália, a Enciclopédia de Música em Portugal no Século XX escreve que Carlos Gonçalves elaborava "um percurso melódico sobre uma letra já criada pela cantora, ou a composição de um fado sobre o qual a cantora adaptava uma nova letra".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório