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Testes universais têm desvantagem "de falsa sensação de segurança"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que os testes universais ao coronavírus têm a desvantagem da falsa sensação de segurança, considerando que tem sido útil alargar, mas seletivamente, a realização destas despistagens.

Testes universais têm desvantagem "de falsa sensação de segurança"
Notícias ao Minuto

16:14 - 24/03/20 por Lusa

País Covid-19

No final de uma sessão com apresentações técnicas, que durou mais de três horas, sobre a "Situação epidemiológica da covid-19 em Portugal", uma iniciativa do Governo que decorreu no Infarmed, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas ladeado, mas com distância de segurança, pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, garantindo que os números que têm sido divulgados "têm adesão à realidade" e "total verdade".

"Tudo foi abordado, e nomeadamente aquela questão que muitas vezes é levantada de testes universais, e foram explicadas as desvantagens de testes universais que são a falsa sensação de certeza que podem gerar", respondeu à comunicação social.

De acordo com o Presidente da República, quem tem um resultado negativo, num determinado momento, "se não há sintomas, se não há um contexto médico que justifique, dá uma segurança que não garante nada".

"Porque no minuto seguinte, no dia seguinte, na semana seguinte pode aquele cidadão, aquela portuguesa ou aquele português, passar a estar contaminado e anda convencido que não está", justificou.

Depois de ouvir os especialistas nesta sessão, para Marcelo Rebelo de Sousa, "tem sido útil ir aperfeiçoando seletivamente o alargamento dos testes com a colaboração das autarquias locais, de instituições sociais, perante situações novas que justificam, seletivamente, esse alargamento".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Portugal regista 29 mortos por covid-19 e 2.362 infetados, anunciou hoje o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

O governante disse que há mais 302 casos de infeção relativamente a segunda-feira, um aumento de 15%, e que há 22 casos de pessoas recuperadas.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.

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