SEF e autoridades guineenses fazem buscas domiciliárias em Bissau
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e as autoridades guineenses realizaram buscas domiciliárias em Bissau no âmbito da operação "Visa Branco", que culminou com a detenção de um funcionário da secção consular da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.
© Global Imagens
País Operação Visa Branco
"A estreita colaboração das autoridades portuguesas e guineenses permitiu a apreensão de prova informática e documental da prática de diversos crimes de corrupção, falsificação de documentos e de auxílio à imigração ilegal, entre outros, consolidando a prova reunida nos autos e solidificando a cooperação judiciária internacional entre os dois países", refere o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em comunicado.
A investigação Visa Branco começou depois de a Alemanha ter detetado sete cidadãos iranianos com vistos portugueses nos passaportes e "relativamente aos quais existiam suspeitas de terem sido obtidos fraudulentamente".
O funcionário da secção consular da embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, que está detido em Portugal, é suspeito de se ter apropriado das vinhetas de visto em branco que vendia a outras pessoas para entrarem no Espaço Schengen.
"Os vistos, genuínos, depois de comercializados, terão sido ilegalmente preenchidos, permitindo a entrada de indivíduos de nacionalidade iraniana na Alemanha. Foi, ainda, possível identificar 209 vinhetas de visto processadas desde 2012, que desapareceram, e sobre as quais subsistem fortes indícios de que, também, possam ter sido vendidas", salienta o SEF.
Segundo o SEF, o detido "simulava informaticamente a emissão de vinhetas referentes a pedidos de visto de cidadãos guineenses, anulando-as logo de seguida, ainda em branco".
"Emitia, então, novas vinhetas a favor dos requerentes locais e apoderava-se das vinhetas anuladas, ainda por preencher, que depois comercializava a troco de avultadas quantias monetárias", explica o SEF no comunicado.
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