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Associação turística lamenta medidas na restrição de trânsito em Lisboa

A Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) considera que os objetivos das restrições de trânsito na Baixa de Lisboa são positivos, mas fala em medidas "unilaterais", sem terem em conta os diversos contributos.

Associação turística lamenta medidas na restrição de trânsito em Lisboa
Notícias ao Minuto

10:55 - 11/03/20 por Lusa

País Baixa de Lisboa

Em declarações à agência Lusa, o presidente da APECATE disse estar de acordo com os objetivos ambientais da medida anunciada em 31 de janeiro pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), que prevê a criação de uma Zona de Emissões Reduzidas (ZER) no Chiado e na Baixa, discordando, contudo, da forma como está a ser conduzido o processo.

"Concordando lá no objetivo, [...] tem de se criar um planeamento, tem de se fazer uma análise, tem de haver estudos de impacto. E, portanto, não é anunciando medidas unilaterais sem ter em consideração contributos que as nossas associações, entre outros, já fizeram", afirmou António Marques Vidal.

Sobre a limitação do número de 'tuk-tuk' a operar na Baixa da capital, o presidente da APECATE está de acordo, mas não por sorteio como avançaram alguns órgãos de comunicação social.

"Isto é brincar. Se nós procuramos qualidade, se nós procuramos criar um melhor serviço turístico, não podemos fazer nada que seja por sorteio", defendeu.

Segundo António Marques Vidal, a maioria dos 'tuk-tuk' já são elétricos e os "empresários têm feito o caminho para adaptação às novas realidades".

"Não faz sentido nós dizermos que queremos melhorar Lisboa e depois não há critérios e é o critério da sorte. Em lado nenhum a sorte é igual a qualidade. E nós queremos qualidade", salientou, acrescentando que é necessário ter em conta as "empresas que trabalham responsavelmente, que contribuem sustentavelmente para a economia local".

A nova ZER Avenidas/Baixa-Chiado prevê que o trânsito automóvel nessa área passe a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico e veículos autorizados, entre as 06:30 e as 00:00, a partir do verão.

A ZER abrange parte das freguesias de Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, sendo delimitada a norte pela Calçada da Glória, Praça dos Restauradores e Praça do Martim Moniz, e a sul pelo eixo formado pelo Cais do Sodré, Rua Ribeira das Naus, Praça do Comércio e Rua da Alfândega.

Esta zona de emissões reduzidas é delimitada a nascente pela Rua do Arco do Marquês de Alegrete, Rua da Madalena e Campo das Cebolas, e a poente pela Rua do Alecrim, Rua da Misericórdia, Rua Nova da Trindade e Rua de São Pedro de Alcântara.

Pelo menos dois parques de estacionamento situados no interior da ZER deverão deixar de estar abertos ao público em geral.

É o caso dos parques de estacionamento da Praça do Município, da Saba, e da Baixa-Chiado, da Empark.

Questionado pela Lusa sobre eventuais medidas de compensação a estas empresas, o presidente da autarquia, Fernando Medina (PS), disse que "cada parque tem a sua situação, uns resultam de concessão municipal, outros são de natureza puramente privada", sublinhando que "o diálogo com esses operadores vai ocorrer por iniciativa da câmara".

Numa resposta escrita enviada à Lusa, a Saba refere que vai analisar "a forma de trabalhar em conjunto com o município" e como poderá contribuir "na gestão da mobilidade urbana", remetendo uma posição sobre os impactos das medidas para quando já estiverem a vigorar.

A agência Lusa tentou igualmente contactar a Empark, não tendo obtido qualquer resposta até ao momento.

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