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PS, PSD e CDS do Seixal consideram base aérea opção "mais viável"

As concelhias do Seixal do PS, PSD e CDS-PP defenderam hoje que a construção do novo aeroporto na Base Aérea n.º 6, no Montijo, é a opção "mais viável" porque os trabalhos "podem avançar rapidamente".

PS, PSD e CDS do Seixal consideram base aérea opção "mais viável"
Notícias ao Minuto

17:15 - 04/03/20 por Lusa

País Montijo

"A Portela+1 constitui a solução aeroportuária mais viável, de modo a suprir a necessidade de dar resposta ao aumento da procura, uma vez que os trabalhos podem avançar rapidamente", afirmaram as concelhias, num comunicado conjunto.

As estruturas partidárias consideraram que a construção na Base Aérea n.º 6 é uma melhor solução do que o Campo de Tiro de Alcochete (em grande parte localizado no concelho vizinho de Benavente, no distrito de Santarém), que tem Declaração de Impacte Ambiental aprovada até dezembro.

"A construção de um novo aeroporto de raiz, nomeadamente no Campo de Tiro de Alcochete, além das questões relacionadas com a incapacidade de executar a obra no tempo em que o país dela necessita, coloca questões de âmbito económico-financeiro", apontaram.

A Câmara do Seixal, no distrito de Setúbal, é constituída por quatro vereadores eleitos pela CDU, dois do PS e um eleito pelo PSD, a quem o partido retirou confiança política.

O município foi um dos que aprovaram um parecer contra o aeroporto do Montijo, com os votos a favor dos comunistas e do vereador eleito pelo PSD, além da abstenção dos socialistas.

Segundo o comunicado das três concelhias, a construção no Campo de Tiro de Alcochete, com as respetivas acessibilidades, teria um custo estimado de 7,1 mil milhões de euros, enquanto o projeto do Montijo custará entre 592,5 milhões e 559 milhões de euros.

"Foi com este enquadramento que foram estudadas as opções de Alverca, Sintra e a Base Aérea n.º 6 do Montijo, tendo-se esta última apresentado como a única capaz de satisfazer o requisito de capacidade sem conflituar com o Aeroporto Humberto Delgado no que respeita à gestão do espaço aéreo", referiu.

O PS, o PSD e o CDS-PP do Seixal juntaram-se assim à "defesa" da construção do aeroporto no Montijo, considerando que "tem todas as condições para ser um motor de desenvolvimento para a região e também para o concelho".

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da distrital de Setúbal do PSD, Bruno Vasconcelos, esclareceu hoje que o vereador em causa, Manuel Pires, já não representa o partido porque lhe foi "retirada a confiança política em dezembro do ano passado".

Ainda assim, frisou que a concelhia apoia o aeroporto do Montijo "dentro dos limites legais", ou seja, não aprova a revisão da lei para permitir que a infraestrutura seja viabilizada sem o parecer positivo de todos os municípios potencialmente afetados, defendida pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Já o CDS-PP não tem expressão no executivo, mas sim na Assembleia Municipal do Seixal, com um deputado. Este órgão é também constituído por 11 eleitos da CDU, 10 do PS, quatro do PSD, três do BE e um do PAN.

Hoje, após uma reunião com o Governo, os presidentes das Câmaras da Moita e do Seixal, os comunistas Rui Garcia e Joaquim Santos, reiteraram a posição contra o projeto de construção do aeroporto do Montijo, mas afirmaram estar disponíveis para dialogar com o executivo.

De acordo com a Autoridade Nacional de Aviação Civil, numa resposta escrita enviada à Lusa, ainda não se sabe quais são as autarquias que terão parecer vinculativo na viabilização do projeto.

Segundo a Declaração de Impacte Ambiental (DIA), emitida em janeiro, cinco municípios comunistas do distrito de Setúbal emitiram um parecer negativo à construção do aeroporto no Montijo (Moita, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Palmela) e quatro autarquias de gestão socialista (Montijo, Alcochete, Barreiro e Almada, no mesmo distrito) deram um parecer positivo.

Esta situação colocou o projeto em risco porque, segundo a lei, a inexistência do parecer favorável de todos os concelhos afetados "constitui fundamento para indeferimento".

Em 8 de janeiro de 2019, a ANA -- Aeroportos de Portugal e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.

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