Felgueiras condena Governo por ficar fora dos descontos das portagens
O presidente da Câmara de Felgueiras, Nuno Fonseca, condenou hoje o Governo por não ter incluído a A42 nos descontos das portagens, penalizando um dos concelhos que mais contribui para a riqueza do país.
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País Portagens
"Condenamos esta atitude que o Governo teve. Não podemos deixar passar em claro que faremos força para que isso seja revertido, dando a esta região as condições que deu a outros lados", frisou o autarca, em declarações à agência Lusa.
A ministra da Coesão Territorial anunciou na quarta-feira, em Macedo de Cavaleiros, descontos nas portagens de sete autoestradas a partir do terceiro trimestre do ano para os "utilizadores frequentes", lista que não inclui a A41 e a A42, o principal acesso de Felgueiras e do norte do Vale do Sousa à Área Metropolitana do Porto.
Para Nuno Fonseca, que foi eleito em 2017 com o apoio do PS, aquela decisão do Governo de não incluir a A41 e a A42, "prejudica fortemente" Felgueiras, o maior exportador nacional de calçado, e outros concelhos de Vale do Sousa, como Lousada e Paços de Ferreira, de grande dinamismo económico, que também dependem daquelas autoestradas.
"O nosso território, as nossas gentes e, em particular, as empresas que aqui muito contribuem para o desenvolvimento do nosso país, são prejudicadas", acentuou.
O presidente da Felgueiras lamentou que o Vale do Sousa, uma das regiões mais industrializadas do país, continue a não ser ouvido pelo Governo nesta matéria, apesar das "sucessivas tentativas", o que significa, segundo Nuno Fonseca, que o território não tem sido tratado "na proporção daquilo que dá ao país".
Referindo que está a ser concertada uma posição comum de todos os concelhos do Vale do Sousa (Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Penafiel, Paredes e Castelo de Paiva), anotou que avançará para o Governo um documento com as reivindicações da região, que passam, não apenas por descontos, mas pelo fim definitivo das portagens na A41 e A42, autoestradas que, acentuou, foram pensadas e construídas para funcionarem em regime de SCUT.
"Não vamos ficar de braços cruzados e vamos tomar posições ainda mais firmes. Continuaremos a lutar por elas até que isso [fim das portagens] aconteça", concluiu.
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