Os dados avançados pelo sindicato que representa os TSDT, que estão desde as 00.00 a cumprir uma jornada de luta pela "aplicação, com efeitos retroativos, do Decreto-Lei 62/79, a correta nomeação dos coordenadores, a constituição do Conselho Técnico, devidamente refletido no regulamento interno e a regularização dos vínculos precários", referem ainda que estão apenas a funcionar os serviços mínimos.
Em declarações à Lusa, a representante do Sindicato Nacional dos TSDT, Carminda Costa, indicou que os números da greve "são muito significativos" e "demonstram a união de todos os trabalhadores" em torna das reivindicações que levaram à greve.
"As nossas reivindicações passam pela adesão ao acordo coletivo de trabalho (ACT) dos Hospitais EPE, a correta nomeação dos coordenadores, a constituição do Conselho Técnico, a regularização dos vínculos precários e a melhoria dos métodos de trabalho", apontou.
Segundo aquele sindicato, após a passagem para a esfera pública do Hospital de Braga, foram "levadas a cabo várias medidas com vista à defesa das condições laborais" dos TSDT, mas "embora o Conselho de Administração se tenha mostrado sensível, considera-se incapaz de resolver a situação, porque aguarda orientações da Administração Regional de Saúde do Norte e da tutela".
Contactada pela Lusa, fonte do Hospital de Braga, que a 31 de agosto de 2019 deixou de funcionar como Parceria Publico Privada, passando a funcionar como Entidade Pública Empresarial (EPE), remeteu para um comunicado de 10 de fevereiro.
No texto, o Hospital de Braga lembrava que "valorizar e motivar os profissionais é um dos objetivos máximos do Conselho de Administração do Hospital de Braga", salientando que aquele órgão "está fortemente empenhado neste compromisso".
Neste sentido, referem, "de forma a garantir uma aproximação às preocupações dos seus profissionais, o Conselho deliberou aplicar o Decreto - Lei n.º62/79, de 30 de março, que estabelece especificações do regime de trabalho dos profissionais de saúde e respetivas remunerações".
O Hospital esclarece ainda que decidiu "efetuar o pedido de adesão aos Acordos Coletivos de Trabalho, garantindo a igualdade entre profissionais", sendo que "neste momento, está a ser ultimado o procedimento de adesão a estes acordos, tendo sido previsto no orçamento de 2020 os respetivos impactos financeiros, quer das atualizações salariais quer da necessidade de recursos necessários com a passagem do horário normal de trabalho para as 35 horas semanais".