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Covid-19: Estado de saúde de Adriano piorou. Novo caso por cá negativo

Adriano Maranhão, canalizador no cruzeiro Diamond Princess, foi o primeiro português a contrair o novo coronavírus. Novo caso suspeito em território português de uma pessoa que esteve em Milão e que foi internada no Centro Hospitalar Universitário de São João com resultado negativo. Número de casos em Itália disparou e gera preocupação na Europa.

Covid-19: Estado de saúde de Adriano piorou. Novo caso por cá negativo
Notícias ao Minuto

09:59 - 24/02/20 por Fábio Nunes

País Coronavírus

Dois meses depois do início do surto da nova estirpe de coronavírus, definida entretanto como Covid-19, Portugal registou o primeiro caso de um cidadão infetado com o novo coronavírus. Neste caso à distância, uma vez que Adriano Maranhão encontra-se a bordo do Diamond Princess, o cruzeiro que está ancorado no porto de Yokohama, no Japão, em quarentena.

Adriano, de 41 anos, é canalizador no navio e a confirmação de que estava infetado com o Covid-19 surgiu na manhã deste domingo. “Foi confirmado pelas autoridades de saúde japonesas que a pessoa em causa deu teste positivo. A família está informada, assim como o próprio”, começou por revelar fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota enviada à agência Lusa.

A esposa de Adriano Maranhão, Emmanuelle, já tinha falado com vários meios de comunicação social portugueses para dar conta da situação do marido. Mas algumas horas depois de ter sido confirmado que Adriano tinha sido infetado com o Covid-19, o próprio falou aos jornalistas através de uma chamada de videoconferência.

Não escondeu o choque face ao resultado positivo do teste a que foi submetido, mas mostrou otimismo. “Não penso que este seja uma doença que me vai deitar abaixo. Estou confiante num desfecho feliz”, disse Adriano Maranhão.

Inicialmente, o tripulante do Diamond Princess salientou que não sentia os sintomas associados ao novo coronavírus. Mas na manhã desta segunda-feira, Emmanuelle Maranhão adiantou à Lusa que o estado de saúde do marido sofreu um agravamento. “A situação dele é pior. Tem mais febre, frio, dor e está mais abatido”, declarou.

Adriano Maranhão partilhou também um desejo. “Preferia ir para Portugal para estar de quarentena. Nem que fosse um mês, dois meses. Preferia estar num dos nossos hospitais”, revelou. No entanto, esse é um desejo que será mais difícil de concretizar brevemente, como sublinhou o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.

“Aparentemente o que se diz é que primeiro é preciso ter a noção exata da situação e tem de ser no Japão. Trazê-lo para Portugal podia ser uma temeridade para ele. Não vale a pena correr esse risco”, realçou o Chefe de Estado, que garantiu que as autoridades portuguesas têm de “pressionar como têm feito permanentemente com diligências que permitam não apenas ir conhecendo melhor a situação como, se possível, tratar de uma eventual transferência para uma unidade hospitalar”.

Mas a demora nessa transferência está a deixar impaciente a família de Adriano. Apesar de a embaixada portuguesa no Japão dizer que vai levar Adriano Maranhão para o hospital, ainda não o fez, algo que mereceu críticas por parte de Emmanuelle Maranhão, que fala em inação diplomática.

Convém recordar que há outros quatro tripulantes portugueses no Diamond Princess, mas os resultados dos testes a que foram submetidos foram negativos, anunciou a DGS este domingo. 

Na manhã desta segunda-feira, a DGS anunciou ainda que o novo caso suspeito de coronavírus em Portugal deu resultado negativo. Trata-se de um cidadão proveniente de Milão que está internado no Centro Hospitalar Universitário de São João.

Itália é o novo paradigma da epidemia para a Europa

A Europa enfrenta agora uma nova realidade da epidemia de Covid-19. Até aqui, apesar de se registarem casos de infeção em certos países, a maioria dos Etados europeus acompanhava com distanciamento a situação na China. Isso mudou com a rápida propagação de casos em Itália nos últimos dias.

Já morreram cinco pessoas – a quinta vítima mortal foi confirmada esta segunda-feira – e o país já totaliza 219 casos de infeção. A maioria dos casos foi registada na região da Lombardia e pelo menos 11 localidades estão de quarentena.

Face ao surto em Itália, as autoridades decidiram suspender o famoso carnaval de Veneza. Jogos da Seria A, a principal divisão de futebol em Itália, foram suspensos e a Semana da Moda em Milão foi afetada pelos receios de propagação do novo coronavírus.

A deterioração da situação em Itália levou Graça Freitas a dizer que está a acompanhar com atenção a situação em Itália. A diretora-geral de Saúde adiantou ainda que os médicos deverão “estar atentos aos sintomas das pessoas e aos seus percursos nos últimos 14 dias” quando se desloquem ao médico por doença.

Por fim, saliente-se que o número de mortos provocados pelo Covid-19 na China voltou a subir, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país. O número de vítimas mortais ascendeu aos 2.592 e o número de pessoas infetadas cresceu para os 77.150.

Além dos mortos na China continental, morreram 12 pessoas no Irão, quatro no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, sete na Coreia do Sul, quatro em Itália, uma nas Filipinas, uma em França, uma nos Estados Unidos e outra em Taiwan.

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