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Santo Tirso: Projeto premiado promete poupar até 98% de água nas sanitas

Um projeto premiado pelo Santo Tirso Empreende prevê uma poupança de água até 98%, relativamente às sanitas convencionais mais eficazes do mercado, e integra um projeto-piloto que em 2020 o tornará acessível em grandes superfícies de Norte a Sul.

Santo Tirso: Projeto premiado promete poupar até 98% de água nas sanitas
Notícias ao Minuto

22:28 - 18/02/20 por Lusa

País Ambiente

Nuno Marujo e Carla Dias desenvolveram um projeto que "se lava sozinho e que poupa até 98% mais água do que os atualmente disponíveis no mercado", revelou hoje à Lusa o primeiro dos dois empreendedores.

Denominada 'Ablute', a sanita "recorre a um dispositivo eletrónico que faz a lavagem integral da sanita com água pressurizada quente (entre 60 e 90 graus) e sem recurso a detergentes", defendendo Nuno Marujo ter "uma forte componente ambiental".

"O equipamento encontra-se em desenvolvimento. Esta redução de água tem um impacto significativo não só no consumo nas habitações como nas Estações de Tratamento de Água Residual, em primeiro lugar porque a água poupada [até 98%] representa 20% da consumida a nível doméstico em Portugal", defendeu o jovem empreendedor, baseado nos números da ADENE -- Agência Para a Energia.

Encontrando-se, segundo Nuno Marujo, em fase de "otimização", o dispositivo possui "um reservatório com capacidade para cinco litros que, no caso de falta de eletricidade, opera um sistema mecânico com uma resistência que fará o aquecimento de água", acrescentou.

Passando para os custos, o coautor do projeto informou que "numa fatura de 30 euros, seis euros são de água desperdiçada na sanita, sendo que este valor já inclui as taxas associadas", prometendo que com o Ablute "a poupança será superior, de longe, a cinco euros".

Já sobre o preço do dispositivo, Nuno Marujo foi cauteloso na abordagem, explicando que "avançar a dois tempos, primeiro para as grandes superfícies, com um custo, e numa segunda fase, mais barato, para ser acessível às casas".

"A sanita convencional custa entre 250 e 500 euros, sem tanque nem assento, e numa primeira fase o valor do nosso dispositivo será proibitivo, mas estamos segmentados para fazer parcerias e acordos com empresas e centros comerciais. À medida que fomos descendo o custo de fabricação é que faremos a aproximação ao público a nível geral e com um valor mais adequado", acrescentou.

Para o efeito, disse, têm em curso "um projeto-piloto em que estão a agregar parceiros institucionais, nomeadamente câmaras, para que ainda em 2020 o Ablute seja disponibilizado em dezenas de localizações para que as pessoas se familiarizem com o equipamento".

"A ideia é que o projeto esteja um pouco por todo o país, de Norte a Sul, com dispositivos instalados", disse, mencionando que, por exemplo, o "Norteshopping [centro comercial em Matosinhos] gasta cinco milhões de litros de água por ano" e com as novas sanitas "o investimento irá compensar a todos os níveis".

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