O movimento femininista 8 de Março escolheu precisamente o Dia dos Namorados para denunciar o aumento da violência doméstica entre casais de namorados, que no ano passado totalizou 28 mortes de mulheres à mão de homens e este ano já contabiliza dois casos.
Desde que se começaram a registar estes casos, em 2005, já somam mais de 540 mulheres mortas, segundo números da organização.
Armadas de tachos, panelas, frigideiras, tampas e colheres, as manifestantes fizeram "muito barulho" junto à estátua de D. Pedro V, no Rossio, enquanto entoavam 'slogans' como "Nem uma a menos, vivas nós queremos", "Mexeu com uma, mexeu com todas", "Não são mortes, são feminicídios".
Enquanto isso, cerca de duas dezenas de pessoas estavam deitadas no chão, de olhos vendados com uma faixa preta, e empunhavam cartazes com vários dizeres, como "Amor/pobre -- Patriarcado", "Ciúmes/raiva, Patriarcado" ou "Dinheiro/transição".
Manifestações idênticas registaram-se também em Braga, Porto e Coimbra.