Esta posição foi tomada no dia anterior ao que assinala o 55.º aniversário do assassínio, em 13 de fevereiro de 1965, nos arredores de Olivença, pela polícia política do regime fascista português (PIDE), do que ficou conhecido como o "General sem Medo".
Num comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira, a ARMHEX "denuncia e lamenta que o Concelho de Badajoz, quase quatro anos depois, ainda não tenha inaugurado a Praça ou Avenida aprovada em honra do General Humberto Delgado e sua companheira Arajaryr Campos".
A associação recorda que, por sua iniciativa, todos os partidos políticos representados aprovaram por unanimidade esta decisão numa sessão da assembleia municipal em abril de 2016.
A ARMHEX insiste que um espaço público deve ser escolhido "sem mais demora para cumprir a moção aprovada no plenário municipal".
A associação vai mais longe e propõe que "a praça ou parque, atualmente sem nome, localizado no topo do Novo Parque de Estacionamento na Praça dos Conquistadores" passe a chamar-se Praça Humberto Delgado e Arajaryr Campos.
"Esta proposta também tem a aprovação da família Delgado, com a qual esta associação mantém um contacto permanente", assegura a ARMHEX.
A associação considera que os nomes de Humberto Delgado e Arajaryr Campos "estão para sempre ligados a Badajoz, e à Extremadura", porque foi aí "que se consumou aquele crime político da ditadura salazarista e onde ambos passaram os últimos dias com vida".
Humberto da Silva Delgado nasceu a 15 de maio de 1906 em Cela (Leiria) e distinguiu-se, depois da Segunda Guerra Mundial, pelas suas posições contra a ditadura fascista portuguesa de António Salazar.