Associação da GNR considera inaceitável exclusão do subsídio de risco
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considerou hoje inaceitável que o Orçamento do Estado exclua a criação de um subsídio de risco e a revisão dos suplementos remuneratórios, relembrando "o descontentamento tremendo" dos militares da corporação.
© Global Imagens/Nuno Pinto Fernandes
País OE2020
"A APG/GNR, após ter tido conhecimento da aprovação do Orçamento do Estado para 2020, manifesta desde já a sua perplexidade pela falta de consideração que os deputados do partido do Governo e de outras forças políticas assumiram, perante a possibilidade de poderem alterar o documento e, votando, corresponderem aos anseios e reivindicações dos profissionais da GNR", refere a associação socioprofissional mais representativa da GNR.
Em comunicado, a APG sublinha que o Orçamento do Estado para este ano, aprovado na quinta-feira no parlamento, apenas tem de positivo o condicionamento das passagens à reserva com as entradas e a fixação de 2500 ingressos em 2020 para as forças de segurança.
Nesse sentido, esta associação lamenta que tenham sido deixados de fora "questões fundamentais" para as polícias, como a criação de um subsídio de risco e a revisão dos suplementos remuneratórios.
A APG considera também "inaceitável que tenha sido chumbada a proposta" que previa a contabilização integral do tempo de serviço em que vigorou o congelamento das carreiras.
"Ficou claro desta forma que há quem entenda que as forças de segurança e em particular a GNR devem ter menos direitos que os restantes funcionários públicos, trabalhar mais horas por semana, com maior perigo e sem compensação", sustenta, criticando o aumento salarial de 0,3% para a função pública.
A APG relembra ainda que "a segurança pública num Estado de Direito democrático é fundamental e que o descontentamento que hoje se vive entre os profissionais é tremendo e poderá ser pernicioso", uma vez que tem sido "alimentado sucessivamente por más decisões da tutela".
A APG, juntamente com alguns sindicatos da PSP, tem realizado vários protestos e já ameaçou com ações de contestação mensais, como entrega do armamento e greve de zelo, caso o Governo não responda às principais reivindicações.
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