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Casos de cancro poderão aumentar 60% em 20 anos

O número de casos de cancro em todo o mundo poderá aumentar 60 por cento nos próximos 20 anos se se mantiver o ritmo de expansão da doença, alertou na segunda-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Casos de cancro poderão aumentar 60% em 20 anos
Notícias ao Minuto

06:43 - 04/02/20 por Lusa

País Cancro

Num relatório sobre cancro, aquela agência das Nações Unidas salienta que nos países com rendimentos médios ou baixos poderá haver um aumento de 81% de casos de cancro até 2040, atribuindo a disparidade à diferença de serviços de tratamento.

Enquanto 90% dos países com maior rendimento têm tratamento integral, só 15% dos países mais pobres têm essa capacidade, nota a OMS, que defende como essencial o controlo da doença, sobretudo diagnóstico, tratamento, gestão, cuidados paliativos e vigilância.

Segundo os números mais recentes, em 2018 havia mais de 18,1 milhões de pessoas com algum tipo de cancro, fatal em 9,6 milhões dos casos.

"A cada ano que passa sem um controlo eficaz, a resposta ao cancro é mais cara e aumentam as mortes que poderiam ser evitadas", afirmou o diretor-geral-adjunto da OMS para doenças não transmissíveis, Ren Minghui.

Investimentos relativamente baixos - entre 2,7 e 8,15 dólares por pessoa, dependendo do escalão económico de cada país - poderiam evitar até sete milhões de mortes nos próximos 10 anos, assinala a OMS, que contraria a ideia de que o cancro é uma doença cara.

A OMS defende medidas preventivas como a redução do tabagismo - responsável por um quarto das mortes - e vacinação contra a hepatite B, que previne o cancro do fígado, e vacinação contra o vírus do papiloma humano, que provoca cancro do colo do útero.

A prevenção demonstrou a sua eficácia nos países mais desenvolvidos, onde programas de exames médicos preventivos e tratamentos de qualidade permitiram reduzir em 20% a mortalidade dos casos de cancro entre 2000 e 2015, período em que os países mais pobres só conseguiram reduzir as mortes em 05%.

Os peritos da OMS consideram que os diagnósticos precoces são a melhor alternativa para entre um terço e metade dos tipos de cancro que não se conseguem prevenir.

No entanto, quanto mais pobre o país, mais tarde a doença é detetada, numa fase em que os tratamentos são mais caros, têm mais efeitos adversos e não são tão eficazes.

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