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“Jorge Sampaio personificou a nova Lisboa”

Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estiveram na cerimónia de homenagem a Jorge Sampaio e que assinala os 30 anos do Moderno Planeamento Estratégico de Lisboa.

“Jorge Sampaio personificou a nova Lisboa”
Notícias ao Minuto

21:21 - 27/01/20 por Notícias Ao Minuto

País Jorge Sampaio

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio foi, esta segunda-feira, homenageado, no cineteatro Capitólio, durante uma cerimónia evocativa aos 30 anos do Moderno Planeamento Estratégico de Lisboa, quando era presidente da Câmara Municipal (CM) da capital portuguesa.

Além do antigo Chefe de Estado e de Fernando Medina, atual presidente da CM de Lisboa, estiveram presentes e discursaram o primeiro-ministro António Costa e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

António Costa começou por salientar que o Moderno Planeamento Estratégico de Lisboa “é efetivamente um marco fundador da Lisboa europeia”, atribuído o mérito a Jorge Sampaio.

O grande mérito da presidência de Jorge Sampaio e toda a sua equipa foi facto de terem compreendido que não era possível pensar Lisboa, sem pensar além de Lisboa. Porque Lisboa é a capital do país, porque é uma capital Europeia, porque é o centro de uma área metropolitana particularmente dinâmica. E [em 1989] a coesão interna da cidade e a resolução dos problemas internos da cidade implicava valorizar a competitividade da cidade no quadro metropolitano, no quadro nacional e no quadro internacional e que Lisboa tinha de ser e podia ser como grande motor da competitividade e da afirmação do país”, disse o Chefe do Governo.

Entre outras medidas, António Costa salientou ainda que este “novo desafio do Portugal europeu e aquele mandato de 89 foi decisivo” e que marcou a cidade do ponto de vista da “coesão interna” ficou marcado, principalmente, pelo facto de “terem conseguido erradicar dezenas de milhares de barracas que existiam em grandes áreas da cidade”.

“Creio que foram cerca de 23 mil fogos construídos nessa altura para erradicação das barracas da cidade de Lisboa”, recordou o primeiro-ministro.

Tal como António Costa, também Marcelo Rebelo de Sousa relembrou que o anos entre 1989 a 1996 ficaram marcados “por uma prioridade estratégica sobre o ordenamento urbanístico”, da responsabilidade de Jorge Sampaio e do então Governo.

Entre outras medidas, o Presidente da República salientou “o combate aos bairros de lata” e “o arranque da Expo 98, na Lisboa Oriental, por demais tempo esquecida e que haveria de inserida no enquadramento estratégico global”.

“Jorge Sampaio personificou essa nova Lisboa[…]. Foi o grande protagonista da mudança de visão, da movida jovem, da mobilidade pessoal e social, da preparação do século que estava a chegar. Ao mesmo tempo que liderava a oposição nacional, concorria à chefia do Governo e depois à PR. Foi incansável, determinado, inabalável. Desmentindo aqueles que o viam como um intelectual mas não realista, sonhador mas não fazedor, utópico mas não capaz de chegar ao povo maus humilde, mais sofrido, mais marginalizado”, relatou o atual Chefe de Estado.

Jorge Sampaio começou por dizer que a ocasião servia para "celebrar Lisboa e os lisboetas", mas aproveitou o momento para propor a elaboração de um plano estratégico para Lisboa em 2050, defendendo que o desenvolvimento da cidade deve ser pensado num horizonte de 20-30 anos.

"Com a aceleração do tempo e o tropel de desafios que enfrentamos, com a transição demográfica, digital e energética a rondar e as alterações climáticas já bem patentes, importa pensar Lisboa no horizonte de 20-30 anos. Importa agora articular uma visão e um plano estratégico para 2050", afirmou o antigo chefe de Estado.

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