Secretária de Estado das Comunidades visita portugueses na Venezuela
A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP), Berta Nunes, inicia sábado uma visita à Venezuela, onde a comunidade portuguesa continua a ser afetada pela crise política e económica, foi hoje anunciado.
© Pedro Rocha / Global Imagens
País Berta Nunes
De acordo com o programa da viagem, Berta Nunes, visita a Venezuela entre 25 e 29 de janeiro, tendo deslocações previstas a Caracas, Los Teques, Maracay e Valência.
Berta Nunes, que visita a Venezuela pela primeira vez na qualidade de secretária de Estado, participará em encontros com cidadãos luso-venezuelanos e irá conhecer o trabalho realizado pelas associações da comunidade portuguesa.
Irá também visitar os consulados-gerais de Portugal em Caracas e Valência e os locais onde funcionam as consultas médicas de apoio à comunidade portuguesa, um projeto financiado pelo Estado português desde abril de 2019.
A secretária de Estado terá ainda encontros oficiais com o vice-ministro venezuelano para a Europa, Yvan Gil, com o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, Juan Pablo Guanipa, com deputados luso-venezuelanos à Assembleia Nacional e com os conselheiros das comunidades portuguesas.
Entre 2015 e 2018, entre cinco a 10 mil portugueses saíram da Venezuela para outros países da América Latina, cerca de quatro mil foram para Espanha e cerca de 10 mil regressaram a Portugal.
Segundo dados do Governo, estão registados nos consulados da Venezuela cerca de 180.000 portugueses, mas estima-se que o total de portugueses e lusodescendentes no país possa ultrapassar os 300 mil.
A visita de Berta Nunes acontece quando passa um ano que o opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, se autoproclamou Presidente com o objetivo de afastar Nicolás Maduro do poder e convocar um governo de transição e eleições livres.
Desde então a Venezuela tem dois presidentes ambos parcialmente reconhecidos: Nicolás Maduro e Juan Guaidó, este último reconhecido por mais de 50 países, entre eles os Estados Unidos e Portugal.
Desde então, a crise política, económica e social venezuelana agravou-se, a emigração aumentou e a oposição tentou fazer entrar, sem sucesso, ajuda humanitária no país.
Fracassaram várias tentativas de diálogo entre o Governo venezuelano e a oposição, que chegou a anunciar a Operação Liberdade, mas que não contou com apoio militar.
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