Assume autoria de fogo a casa da ex-companheira em Ovar mas nega intenção

Um homem de 41 anos acusado de ter ateado um incêndio junto a uma casa, em Ovar, com a ex-companheira e os três filhos no interior, assumiu hoje a autoria do fogo, mas negou a intenção.

Quem faz as leis deve ter em conta limites da Constituição

© Getty Images

Lusa
21/01/2020 13:16 ‧ 21/01/2020 por Lusa

País

Tribunal

"Foi um acidente que aconteceu. Tinha estado a trabalhar com umas máquinas agrícolas. Bebi uns copitos e se calhar foi um cigarro ou qualquer coisa parecida e assustei-me", disse o arguido que falava no início do julgamento, no Tribunal de Aveiro.

Perante o coletivo de juízes, o arguido referiu que entrou "em pânico", quando viu as chamas, e fugiu, afirmando ainda não saber se havia pessoas dentro da casa.

Apesar das constantes ameaças descritas na acusação, o arguido garantiu que nunca quis fazer mal à ex-companheira e aos filhos.

O arguido está acusado de um crime de incêndio na forma tentada e outro de violência doméstica.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o casal manteve uma relação durante cerca de oito anos, pautada pelo comportamento agressivo do arguido que era "potenciado pelo consumo exagerado" de bebidas alcoólicas.

Após a separação, em junho de 2018, o arguido terá mantido uma postura de "assédio e vingança", tendo ameaçado várias vezes deitar fogo à casa da ex-companheira.

Os factos mais graves ocorreram a 5 de maio de 2019, pelas 21:00, quando o arguido entrou no pátio da residência da ex-companheira, em Ovar, com um garrafão de gasolina e ateou fogo a um arbusto localizado nas imediações da casa, que logo começou a arder.

As chamas acabaram por ser prontamente extintas pelo filho mais velho da ofendida que evitou que o fogo alastrasse à própria residência onde se encontravam a ex-companheira do arguido e outros dois filhos menores.

Antes deste episódio, o MP diz que o arguido já tinha ameaçado atear fogo ao automóvel da ex-companheira, chegando mesmo a fazer uma fogueira junto desse automóvel, no pátio da residência do casal.

O homem foi detido em junho de 2019 pela Polícia Judiciária de Aveiro, tendo ficado sujeito à medida de coação de afastamento das vítimas, sendo controlado por pulseira eletrónica.

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