Trabalhadores do SUCH de Coimbra em greve por melhor salário
Os trabalhadores do setor de alimentação, lavandaria e resíduos das unidades do Centro Universitário e Hospitalar e do IPO de Coimbra cumpriram hoje um dia de greve para reivindicar melhores salários e redução do horário de trabalho.
© CHUC
País Coimbra
O protesto dos trabalhadores afetos ao Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) começou com uma concentração de cerca de sete dezenas de trabalhadores à porta dos Hospitais da Universidade de Coimbra, que depois se deslocaram, em cordão humano, até à Praça 8 de maio, onde foram recebidos pelo vice-presidente do município.
"Recebemos o compromisso de que a Câmara, que tem assento num dos órgãos do SUCH, iria apresentar as nossas preocupações", disse à agência Lusa o dirigente sindical António Baião, salientando que a greve visou reivindicar melhores salários e redução do horário de trabalho.
O sindicalista adiantou ainda que as reivindicações foram também "bem acolhidas" pela população, a quem foram distribuídos cerca de meio milhar de folhetos.
Segundo António Baião, "pouco mais do que os serviços mínimos é que funcionaram" nas unidades do CHUC e do IPO.
"Fizemos uma proposta de aumento salarial de 90 euros acima dos salários base, que ainda não tem resposta, embora no dia 22 [de janeiro] haja uma reunião com a empresa", referiu o sindicalista.
Os trabalhadores pretendem também que o horário de trabalho seja reduzido faseadamente das 40 para as 35 horas semanais e que seja reconhecida a sua "antiguidade e saber".
No caderno reivindicativo, António Baião salienta ainda a necessidade da administração central repor o número de trabalhadores necessários à prestação de serviços de qualidade aos utentes.
De acordo com o dirigente sindical, os setores da alimentação, lavandaria e resíduos estão com dificuldades em recrutar trabalhadores devido aos salários baixos e ao facto de laborarem aos fins de semana e feriados.
Por outro lado, acrescentou, é necessário também que a administração central invista nas instalações e equipamentos, que estão "um caos, face ao desinvestimento dos últimos anos".
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