Associação propõe reforço do incentivo à aquisição de bicicletas
A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBI) propõe um reforço do incentivo à aquisição de bicicletas no Orçamento do Estado para 2020, com pelo menos 20% da verba do programa de veículos de baixas emissões.
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País OE2020
"A MUBI considera que pelo menos 20% da dotação orçamental deste programa em 2020 deve ser destinada a incentivar a aquisição de bicicletas", escreve a associação numa nota enviada à agência Lusa.
Em 2019, 8% da verba do programa Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões foi destinado à aquisição de bicicletas, o que representou cerca de 250 mil euros de um total de três milhões de euros.
A MUBI refere que 2,68 milhões de euros se destinaram aos automóveis elétricos.
Com a proposta de reforço ao incentivo à aquisição de bicicletas no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) - documento que está em discussão no parlamento -, a associação pretende uma redução da utilização individual e uma repartição mais equilibrada.
A MUBI considera que a bicicleta elétrica será o veículo do futuro, devendo substituir as deslocações automóvel.
"A bicicleta com assistência elétrica é o veículo elétrico que dominará a próxima década", sublinha associação, acrescentando que foram vendidas 8.685 bicicletas com assistência elétrica em Portugal em 2017.
A MUBI destaca também a importância da inclusão de bicicletas de carga no Incentivo pela Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões, já que "têm um enorme potencial na logística urbana e no descongestionamento das cidades".
A inclusão deste tipo de veículos é um "estímulo à descarbonização da logística urbana", sublinha a associação.
No sentido de combater o sedentarismo e a obesidade, é proposta a implementação de um programa de incentivos financeiros ou fiscais às deslocações pendulares em bicicleta ('bike-to-work'), anotando-se que o Estado "perde cada ano, com os carros de serviço de empresas, centenas de milhões de euros em receitas fiscais".
Para a MUBI, a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030 deverá ser adequadamente contemplada com financiamento proveniente do OE2020.
A implementação de uma estratégia nacional, considera a associação, "permitirá ao Governo estabelecer um quadro preciso para o desenvolvimento da utilização da bicicleta em Portugal".
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