A desistência teve por base um acordo alcançado entre as partes, que assumiram o compromisso de não praticarem qualquer ato "que comprometa o propósito de pacificação".
As partes comprometeram-se, concretamente, a absterem-se de "abordagens ou contactos futuros, por qualquer meio".
No processo, Domingos Correia estava acusado de quatro crimes de perseguição, nas pessoas de Salvador, mulher e filhos, e de um crime de difamação agravada.
Em causa estava uma alegada dívida de 1,2 milhões de euros de Salvador, também presidente do Sporting de Braga, ao seu ex-sócio Domigos Correia, que este decidiu "publicitar", em 2015, através de camiões e carrinhas que pôs a circular na cidade de Braga, para assim "forçar" o respetivo pagamento.
Nas viaturas, lia-se "Ao sr. presidente do S.C. de Braga: paga o que deves, nem com o aval pessoal pagas".
As viaturas circularam pela cidade e estiveram estacionadas fora do Estádio Municipal de Braga e da residência de António Salvador.
Segundo a acusação do Ministério Público, os camiões "visitaram" também o colégio em que estudou a filha de António Salvador e a empresa em que o filho começou a trabalhar.
Em outubro de 2015, e na sequência de uma providência cautelar interposta por Salvador, o tribunal impediu a circulação dos camiões.
A acusação contra Correia alude ainda a uma situação de alegada intimidação à filha de Salvador, num posto de abastecimento de combustíveis de Braga.
Após vários adiamentos, o julgamento do processo iria arrancar hoje, no Tribunal Judicial de Braga, mas ficou sem efeito fruto do acordo entre as partes a consequente desistência da queixa.
No processo, era também arguido um funcionário de Domigos Correia, que era quem conduzia o "camião do fraque".
O Sporting Clube de Braga era assistente no processo, pelo envolvimento do seu nome no caso.