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Pai de Luís Giovani "indignado" com atuação das autoridades

Jovem cabo-verdiano morreu dez dias depois de ter sido brutalmente agredido em Bragança.

Pai de Luís Giovani "indignado" com atuação das autoridades
Notícias ao Minuto

08:31 - 16/01/20 por Melissa Lopes

País Luis Giovani Rodrigues

Joaquim Rodrigues, pai de Luís Giovani, o estudante cabo-verdiano que morreu no último dia do ano depois de ter sido agredido em Bragança, diz estar "indignado" com a atuação das autoridades policiais no caso.

Na antena da SIC, Joaquim sublinha que o alerta chegou, primeiramente, como se tratando de uma situação de intoxicação por álcool. Quando os bombeiros chegaram até Giovani, contudo, constataram que o jovem tinha um grande hematoma na cabeça. 

Os três amigos que o acompanhavam nessa noite, do dia 21, alegam ter tentado apresentar queixa na polícia no dia seguinte. No entanto, foi-lhes dito que só o próprio o poderia fazer e que, de resto, teria um prazo de seis meses. 

Ao pai de Giovani, que entretanto viajara para Portugal, foi dito o mesmo, seis dias depois. "Disseram-me que a queixa tinha de ser apresentada pelo próprio. Eu disse à polícia que era o pai do Giovani e que ele estava em coma profundo, que estava entre a vida e a morte", relata Joaquim Rodrigues, frisando que só depois da sua insistência é que conseguiu apresentar queixa. 

"O auto que já havia sido apresentado pelos amigos de Giovani no hospital dizia apenas que o Giovani foi agredido. Eu acrescentei: Foi agredido à bastonada e estava entre a vida e a morte", sublinha. 

Joaquim Rodrigues acredita que se a queixa tivesse sido feita mais cedo, o rumo das investigações teria sido outro. "Fui contactado pela Polícia Judiciária no dia 3 de janeiro", conta, lamentando ainda não ter sido identificado nenhum "presumível suspeito daquele ato bárbaro". "Há pessoas, mesmo em Bragança, que dizem que toda a gente sabe quem fez aquilo", realça ainda. 

A PSP, recorde-se, emitiu um comunicado na última sexta-feira, garantindo ter desenvolvido "as diligências necessárias"

"A PSP, desde o primeiro momento, desenvolveu as diligências necessárias para a investigação dos factos e respetivas circunstâncias, designadamente salvaguardando as imagens dos sistemas de videovigilância e promovendo a recolha de testemunhos", lia-se. A PJ, por por outro lado, sublinhou  estar "fortemente empenhada" no caso

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