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Governo lança Roteiros de Defesa Nacional em parceria com municípios

O Governo anunciou hoje uma iniciativa designada Roteiros de Defesa Nacional, em parceria com os municípios e regiões autónomas, para debater e aproximar as Forças Armadas da sociedade, que começará por Vila Real, Lamego e Baião.

Governo lança Roteiros de Defesa Nacional em parceria com municípios
Notícias ao Minuto

19:09 - 12/01/20 por Lusa

País João Gomes Cravinho

Este anúncio foi feito pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, nas celebrações do Dia da Academia Militar, que comemora 230 anos, num discurso em que voltou a apelar à incorporação de mais mulheres nas Forças Armadas.

"Iremos em breve inaugurar uma nova iniciativa à qual demos o nome de Roteiros de Defesa Nacional. Os Roteiros de Defesa Nacional pretendem criar oportunidades para debater a Defesa Nacional em diferentes regiões do território português e com diferentes elementos da nossa sociedade, em parceria estreita com os municípios e os governos regionais", declarou.

O ministro, que falava numa cerimónia militar em parada, nas instalações da Academia Militar, em Lisboa, acrescentou que esses roteiros terão início "já este mês, em Vila Real, Lamego e Baião" e "pretendem criar novas oportunidades de proximidade entre decisores e cidadãos, entre os níveis intermédios da Administração Pública e o poder central, envolvendo também a família militar que faz todos os dias acontecer a Defesa Nacional".

João Gomes Cravinho referiu que "os municípios são, aliás, parceiros de longa data da Defesa Nacional" e considerou que "a sua ação permanece incontornável" na aproximação à sociedade que o Governo elegeu como prioridade.

Antes, o ministro destacou "a implementação do primeiro curso de formação de formadores de género, em linha com os compromissos assumidos no Plano Setorial de Defesa Nacional para a Igualdade", lembrando o repto que deixou há um ano para que a Academia Militar aumentasse o número de alunas, para lá dos 10%.

"É com grato prazer que vejo que as minhas palavras tiveram eco e que hoje estamos muito próximo dos 12%. Há que continuar a trilhar estes caminhos", defendeu, enquadrando esta questão como "de igualdade democrática".

"É também uma questão pragmática, num momento em que lidamos com importantes desafios no recrutamento e na retenção de efetivos, mas é também um desafio importante em termos da melhoria constante das nossas Forças Armadas, pois as mulheres trazem mais-valias qualitativas e importantes às fileiras", argumentou.

Depois, lançou um novo repto à Academia Militar: "Que se pense também em novas formas de ir ao encontro dos nossos jovens e de trabalhar com as escolas, porventura em parceria com o Instituto de Defesa Nacional, para apresentar a Defesa Nacional, dar a conhecer, informar e debater".

A Academia Militar é um estabelecimento de ensino superior militar que tem o seu antecedente histórico na Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, criada por D. Maria I em 1790.

Esta instituição que forma oficiais destinados aos quadros permanentes do Exército e da Guarda Nacional Republicana (GNR) tem atualmente 444 alunos, 22 dos quais de países africanos de língua portuguesa.

O ministro da Defesa elogiou a forma como o major-general João Vieira Borges tem liderado esta instituição e salientou a importância do estudo da história militar.

"Vivendo nós tempos de enorme conturbação e incerteza, o conhecimento aprofundado da história deve informar-nos com as lições do passado, evitando analogias simplistas nas difíceis escolhas atuais", disse.

O major-general Vieira Borges, que discursou antes do ministro, elencou os desafios da Academia Militar a curto prazo, que incluem "reestruturar os ciclos de estudo em mestrados não integrados, qualificar o corpo docente e melhorar os métodos pedagógicos" e "reforçar o peso da internacionalização", por exemplo, "investindo em semestres internacionais".

A Academia Militar está empenhada em "reforçar a ligação à sociedade civil" e pretende "melhorar a funcionalidade e habitabilidade das instalações, em especial aqui em Lisboa", adiantou.

O comandante da Academia Militar destacou o processo de recrutamento realizado no último ano "que teve 1040 candidatos para as 99 vagas autorizadas, 69 para o Exército e 30 para a Guarda" e "o primeiro curso de formação de formadores de género, que veio ao encontro do aumento da percentagem de alunas para os 12%".

"Estamos orgulhosos do que fizemos, mas com a consciência e a vontade de fazermos melhor em 2020", afirmou.

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