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Parlamento português condena ataques a bases norte-americanas

O parlamento aprovou hoje um apelo conjunto do PSD e PS para uma solução diplomática entre Estados Unidos e Irão e um voto do CDS-PP de condenação dos ataques a bases norte americanas no Iraque.

Parlamento português condena ataques a bases norte-americanas
Notícias ao Minuto

18:06 - 10/01/20 por Lusa

País EUA/Irão

O voto subscrito conjuntamente por socialistas e sociais-democratas teve o apoio do CDS-PP, Iniciativa Liberal, Chega e Livre, registando abstenções do Bloco de Esquerda, PCP, PAN e PEV.

Já a iniciativa da bancada do CDS-PP, condenando o ataque a bases norte-americanas no Iraque, foi viabilizada pelas abstenções do PS e Livre, tendo o apoio do PSD, Chega e Iniciativa Liberal, mas registou os votos contra do Bloco de Esquerda, PCP, PAN e PEV.

Sobre o atual clima de tensão entre os Estados Unidos e o Irão, além do texto de socialistas e sociais-democratas do CDS-PP, foi ainda apresentado um voto proveniente da bancada do Bloco de Esquerda, mas que foi rejeitado.

Votaram contra o texto proposto pelo Bloco de Esquerda o PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, com o PS a abster-se. Aprovaram esta iniciativa, além do Bloco de Esquerda, a deputada socialista Isabel Moreira, o PCP, o PAN, o PEV e o Livre.

Para o PSD e PS, a escalada da tensão verbal e militar que se tem verificado entre os Estados Unidos e o Irão constitui "uma ameaça real para a paz e segurança na região do Médio Oriente e até para a própria estabilidade do sistema internacional".

"Perante isto é fundamental que as partes consigam encontrar os mecanismos adequados à retoma de um diálogo político que garanta o fim de quaisquer atos belicistas de parte a parte e permita encontrar uma solução política e pacífica para este diferendo. A mediação da ONU e da União Europeia deve ser uma das vias a promover para consolidar uma plataforma de entendimento entre Washington e Teerão tendo em conta a sua importância para a estabilidade internacional", lê-se no voto.

No voto do Bloco de Esquerda, que foi rejeitado, condenava-se o recente atentado mortal "ordenado" pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, contra Qassem Soleimani, alto comandante militar iraniano.

"Este ato constitui uma grave violação da soberania do Iraque, do Direito Internacional e uma perigosa escalada do conflito no Médio Oriente, sendo um passo de uma continuada estratégia norte-americana de desestabilização e agressiva exploração da região", advertia-se no texto dos bloquistas.

O Bloco de Esquerda propunha que a Assembleia da República "e todos os defensores da paz e do respeito pelos direitos humanos" condenassem "firmemente a escalada das tensões e de um novo ciclo de destruição e morte no Médio Oriente".

Em sentido diferente, o CDS-PP destacou no documento que fez aprovar em plenário que, "na passada terça-feira, o mundo presenciou ao ataque pelo Irão a alvos norte-americanos no Iraque com mísseis balísticos, num significativo aumento da tensão verificada no Médio Oriente, região de reconhecida instabilidade política".

"Este ataque condenável tem como precedência diversos avanços nos últimos tempos, nomeadamente vários ataques de mísseis contra bases americanas no Iraque; ataques contra navios-tanque no Golfo; e o abate de um veículo aéreo não tripulado e a morte de um civil americano", referiu o CDS-PP.

Na série de votações hoje realizadas, o CDS-PP apresentou também um texto de pesar "pelos mais de mil cristãos assassinados em 2019 na Nigéria pelo Boko Haram e radicais fulani - um documento que foi aprovado por unanimidade.

Já o PSD apresentou e fez aprovar em plenário um voto de preocupação "pela instabilidade vivida no parlamento venezuelano", referindo que, no passado domingo, dia 5 de janeiro, este órgão de soberania "deveria eleger a sua nova junta diretiva, votação da qual deveria resultar a reeleição do deputado Juan Guaidó, principal opositor do [chefe de Estado] Nicolás Maduro".

"Ora, verificou-se que Guaidó foi retido durante horas pela polícia e agredido à porta do parlamento, enquanto no interior, reunidos em plenário, os deputados apoiantes do chefe de Estado venezuelano, elegiam Luís Parra, com o apoio de uma minoria de parlamentares leais a Maduro", lamenta do no voto apresentado pelo PSD.

Esta iniciativa dos sociais-democratas foi aprovada com a oposição do Bloco de Esquerda, PCP, PEV e Livre, mas com o apoio das restantes bancadas.

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