Esta troca de elogios aconteceu numa cerimónia no antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, em que o Presidente da República recebeu cumprimentos de ano novo dos chefes de missão, embaixadores e cônsules-gerais de Portugal acreditados junto de vários Estados e organizações internacionais.

"A presença, o apoio, o entusiasmo do senhor Presidente dão à nossa diplomacia um alcance, um fôlego e também uma motivação que não existiriam sem esse apoio", declarou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, considerando que a colaboração institucional se tem desenvolvido com "uma unidade sem falhas nos vários órgãos de soberania".

Na resposta ao ministro, Marcelo Rebelo de Sousa saudou o atual Governo do PS saído das legislativas de 6 de outubro, em que Santos Silva se mantém à frente dos Negócios Estrangeiros, e manifestou "a certeza de que a colaboração institucional com o Presidente da República continuará a ser excelente, como sempre o foi na anterior legislatura".

"Reitero, quanto a essa colaboração institucional, quanto ela deveu à inteligência, à lucidez analítica, ao rigor e ao sentido de Estado demonstrados por vossa excelência, apoiado nos seus mais próximos colaboradores, num desempenho de funções essenciais em período complexo da cena internacional", acrescentou.

Augusto Santos Silva, que discursou primeiro, fez um balanço da atuação diplomática de Portugal em 2019, em que destacou as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia, a situação na Venezuela, o pacto para as migrações no quadro das Nações Unidas e a promoção da língua portuguesa.

Dirigindo-se para o chefe de Estado, afirmou: "Ora, senhor Presidente, todos nós aqui presentes temos consciência, mas eu enquanto ministro mais dever dessa consciência tenho, de que tudo isto foi possível apenas porque pudemos contar com o apoio de vossa excelência em todos os momentos".

Segundo Santos Silva, Portugal mantém um "posicionamento geopolítico" e um "sistema de alianças" conhecido por todos os seus interlocutores e a sua política externa tem ainda beneficiado, no plano interno, de "um amplo consenso político" quanto aos seus objetivos essenciais.

"Senhor Presidente, bom ano. Da nossa parte, pode contar que em 2020, segundo estas linhas de atuação inteiramente claras e límpidas, faremos o melhor de nós em favor de Portugal e dos portugueses. Muito obrigado", concluiu.

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