Federação dos Médicos acusa ministério de inércia nos casos de violência
"A população desespera por cuidados atempados e de qualidade. Os médicos, na linha da frente do SNS, são um alvo fácil para o seu descontentamento", sublinha a força sindical.
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País Médicos
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) deixou duras críticas ao Governo devido aos casos de violência contra profissionais de saúde que tem sido expostos nos últimos dias.
"Esta escalada de violência é também um reflexo do atual estado de degradação do Serviço Nacional de Saúde e da desresponsabilização do Ministério da Saúde quanto à garantia do direito à Saúde do cidadão e das condições de trabalho dos seus profissionais", pode ler-se num comunicado enviado às redações pela comissão executiva da força sindical.
Em particular, o FNAM ainda acusa a Ministra da Saúde de continuar "a não responder aos pedidos de reunião por parte dos sindicatos médicos", recusando-se a "auscultar os problemas laborais dos médicos".
Manifestando "a sua total solidariedade para com os médicos que foram vítimas de agressões na última semana", a FNAM condenou "veementemente qualquer ato de agressão dirigido contra um médico no exercício da sua função.
"A população desespera por cuidados atempados e de qualidade. Os médicos, na linha da frente do SNS, são um alvo fácil para o seu descontentamento", é sublinhado.
Sob estas acusações, a FNAM exige que todos os médicos que haja investimento "em estratégias e mecanismos de segurança nos estabelecimentos de saúde, como previsão de circuitos de fuga, botões de emergência e equipas de segurança, policiamento em todos os serviços com dimensão, potencial de conflito ou antecedentes de violência que o justifiquem".
A estrutura sindical pede ainda "protocolos instituídos pela entidade empregadora que garantam o correto acompanhamento dos profissionais agredidos, em todas as dimensões necessárias", tal como um "enquadramento legal específico para a agressão contra o profissional de saúde no exercício das suas funções", que torne este crime "de carácter público", com "consequências mais sérias" e reconheça "à profissão médica o estatuto de risco, desgaste rápido e penosidade acrescida".
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