Sindicatos estão solidários com protesto dos trabalhadores da TVI
Os sindicatos dos Jornalistas (SJ) e dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) juntaram-se hoje ao protesto dos trabalhadores da TVI na sede, em Lisboa, e na delegação do Porto.
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País TVI
Em comunicado, o SJ refere que "os trabalhadores, entre os quais jornalistas e técnicos, juntaram-se à porta dos respetivos locais de trabalho para exigirem respeito da administração, numa altura em que está em curso a compra da Media Capital pela Cofina".
"Em Lisboa, o protesto envolveu cerca de 150 trabalhadores, a que se juntaram 17, mais de metade dos 30 que compõem a delegação no Porto", acrescenta a estrutura sindical, referindo que jornalistas e técnicos uniram-se "num protesto simbólico, utilizando a hora de almoço" para fazerem eco das suas reivindicações e dúvidas.
"Exigiram 'respeito' da administração, queixando-se de que não lhes foi dada qualquer informação sobre o processo de venda da estação, temendo que a compra signifique despedimentos e mais precariedade na empresa", bem como também "protestam contra os baixos salários no grupo e a crescente precariedade laboral".
O processo de progressões na carreira, que deverá avançar em 2020, é outra das preocupações, dado que, até ao momento, os trabalhadores não foram informados de que forma está a correr, exigindo garantias de que a definição das carreiras vai mesmo avançar, acrescenta o Sindicato dos Jornalistas.
"A precariedade na TVI, especialmente entre os mais novos, na maioria pessoas contratadas a uma empresa de trabalho temporário, Hospedeiras de Portugal, foi outro dos problemas que juntou os trabalhadores no protesto", salienta.
"A gota de água, segundo os trabalhadores, foi o cartão de Natal, no valor de 125 euros, que há vários anos é atribuído a todos os trabalhadores. Este ano, contrariando essa tradição, a empresa deu o cartão apenas aos funcionários com salário bruto inferior a mil euros, deixando de fora todos os outros", explica o sindicato.
"O SJ e o STT vão continuar a acompanhar a situação da TVI e estão disponíveis para apoiar os trabalhadores nas formas de luta que estes entendam adotar no futuro", asseguram as duas estruturas.
A informação sobre o processo de venda da Media Capital, dona da TVI, ao grupo Cofina tem chegado aos trabalhadores apenas pela comunicação social, e estão preocupados que a futura administração da empresa não cumpra o acordo de progressão da carreira que foi negociado com os trabalhadores.
"Falta informação e garantias de que vão cumprir o que foi acordado", denunciou a jornalista Alexandra Monteiro, em Lisboa, criticando ainda os baixos salários na empresa e a situação laboral precária de alguns funcionários.
No Porto, segundo Francisco David Ferreira, foram cerca de 20 os trabalhadores que, também à hora de almoço, se manifestaram em frente às instalações da estação de televisão.
"Viemos para a entrada da empresa, mas apenas aqueles que estavam na sua hora de almoço, pois quem estava a trabalhar continuou a fazê-lo", explicou Francisco David Ferreira, adiantando que os 20 trabalhadores representam cerca de 70% do total que ali trabalha.
Em janeiro, os trabalhadores da TVI voltam a fazer um plenário, sobre o mesmo tema, segundo Alexandra Monteiro.
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