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Tiago Rodrigues "é o artista mais significativo da sua geração"

O encenador brasileiro Alex Cassal saudou hoje a atribuição do Prémio Pessoa 2019 ao dramaturgo e ator Tiago Rodrigues, definindo-o como "o artista português mais significativo da sua geração".

Tiago Rodrigues "é o artista mais significativo da sua geração"
Notícias ao Minuto

15:05 - 13/12/19 por Lusa

Cultura Prémio Pessoa

Contactado pela agência Lusa, Alex Cassal, que trabalhou em vários projetos com o galardoado, salientou ainda que, "além de Tiago Rodrigues ser um grande dramaturgo e encenador, é um ator excecional".

O ator, encenador e diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues, 42 anos, foi hoje anunciado, em Seteais, como o vencedor do Prémio Pessoa 2019.

"Ele teve sempre a capacidade de criar um olhar desacomodado, e ir além da sua área, cruzando o trabalho com outros criadores", apontou Alex Cassal, que se fixou em Portugal definitivamente em 2014, e já participou em vários projetos com o dramaturgo português, o primeiro deles para o Teatro Maria Matos, em 2010.

O dramaturgo brasileiro sublinhou também que Tiago Rodrigues "impulsionou a arte cénica portuguesa", e, por isso, "é a figura certa para ganhar este prémio", opinou.

Para justificar a atribuição, o júri disse que quis consagrar "uma carreira de excecional projeção dentro e fora do país, mas também reconhecer um contributo notável para o desenvolvimento do campo das Artes Performativas portuguesas", afirmou hoje o presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão, citando a ata da reunião dos jurados deste ano.

Tiago Rodrigues, é o 33.º Prémio Pessoa e o segundo mais novo de sempre, depois da investigadora Maria Manuel Mota, Prémio Pessoa de 2013.

O ator e encenador começou por se destacar no panorama artístico português quando foi cofundador do projeto Mundo Perfeito, com o qual apresentou mais de trinta produções, quer em Portugal, quer em alguns dos mais importantes festivais e temporadas na Europa, no Brasil e nos Estados Unidos.

Trabalhou com criadores de várias áreas, desde o coreógrafo Rui Horta, e os cineastas Tiago Guedes, João Canijo, Bruno de Almeida e Marco Martins, e foi autor do guião da série televisiva "Noite Sangrenta".

Considera o júri que, em 2014, com a nomeação para o cargo de diretor do Teatro Nacional D. Maria II, "lançou um ambicioso projeto de internacionalização daquela instituição, à qual imprimiu um novo dinamismo desde logo reconhecido pela crítica e pelo público".

Também destacou "a intensa atividade pedagógica", bem como "uma forte dimensão comunitária" da sua intervenção, "estando, nomeadamente, associado a projetos de natureza social envolvendo jovens e seniores".

Tiago Rodrigues recebeu anteriormente outros prémios e distinções nacionais e internacionais, nomeadamente o Prémio Europa de Teatro de 2018, o grau de Chevalier des Arts et Lettres pela República Francesa, ou o prémio da Associação Profissional da crítica francesa para a melhor peça do ano.

O Prémio Pessoa, no valor de 60 mil euros, é uma iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, e visa "representar uma nova atitude, um novo gesto, no reconhecimento contemporâneo das intervenções culturais e científicas produzidas por portugueses".

O júri deste ano foi composto por Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, José Luís Porfírio, Maria Manuel Mota, Maria de Sousa, Pedro Norton, Rui Magalhães Baião, Rui Vieira Nery e Viriato Soromenho-Marques, com Francisco Pinto Balsemão a presidir e Emílio Rui Vilar enquanto vice-presidente.

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