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Sagres parte para a sua "maior viagem" com passagem pelos Jogos Olímpicos

O navio-escola Sagres vai partir em janeiro para a maior viagem dos seus 82 anos de história, integrada nas comemorações do V Centenário da Circum-Navegação de Fernão Magalhães, marcando também presença nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

Sagres parte para a sua "maior viagem" com passagem pelos Jogos Olímpicos
Notícias ao Minuto

23:51 - 12/12/19 por Lusa

País Magalhães

"Esta é a viagem maior em duração e em distância dos 82 anos de história do navio, e vai ter também a maior tirada da história do navio, que serão 32 dias a navegar, entre o Taiti e Punta Arenas", disse Maurício Camilo, comandante do navio-escola "Sagres", durante a apresentação da viagem.

A viagem do navio-escola "Sagres", que começa no dia 05 de janeiro de 2020 e termina em 10 de janeiro de 2021, foi hoje apresentada em Lisboa. A viagem, com a duração de 371 dias, vai passar por 23 portos em 20 países dos cinco continentes, num total de 41 mil milhas.

"Foram 18 meses de planeamento e será mais de um ano de viagem. Para além da presença nas Comemoração de Magalhães, o navio vai estar como 'Casa de Portugal' nos Jogos Olímpicos", disse o comandante.

Devido à presença do navio-escola "Sagres" em Tóquio, entre 18 e 27 de julho, uma parte da viagem vai ser efetuada em sentido contrário à rota original de Magalhães e Elcano.

"O navio vai fazer 70% da viagem correspondente à rota original", frisou, referindo que no dia 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a embarcação vai estar em Díli, onde chega no dia anterior.

Depois de Tóquio, o navio parte para numa longa viagem para Punta Arenas (Chile), de modo a participar nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães, entre 18 e 23 de outubro.

"O navio vai estar em Tóquio com um programa específico. Não vai estar todo o tempo, apenas de início, porque tem de estar em Punta Arenas para as comemorações e a distância corresponde a três meses de navegação", defendeu.

Maurício Camilo destacou ainda a novidade de serem efetuados projetos de investigação científica durante a viagem, três em execução e um em divulgação.

"Um será o lançamento de boias derivantes que vão passar informação em tempo real para terra. É uma parceria entre o Instituto Hidrográfico e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA na sigla em inglês)", disse.

Outro projeto, também do Instituto Hidrográfico, tem a ver com a recolha de 400 amostras de água para detetar a presença de microplásticos, enquanto uma outra iniciativa destina-se a medir vários parâmetros da atmosfera e da água, com uma vertente de recolha de amostras vivas, por exemplo peixes, para analisar o clima, alterações climáticas e poluição.

O projeto de divulgação tem a ver com o rastreio que está a ser realizado ao nível de raias ou tubarões.

José Marques, presidente da estrutura de missão das comemorações, explicou que a viagem do navio-escola vai promover todo o programa de comemorações e contribuir para a afirmação externa de Portugal, lembrando a passagem por cidades da rede Mundial de Cidades Magalhânicas e em cidades da diáspora portuguesa.

"Esta viagem contribui para a internacionalização das comemorações, com diversas iniciativas dentro e fora do navio", salientou.

Durante a viagem, o navio-escola "Sagres" vai participar nas comemorações da Descoberta do Estreito de Magalhães, em Punta Arenas (Chile), vai efetuar navegação conjunta com o navio "Juan Sebastian Elcano" e ser a "casa de Portugal" em Tóquio nos Jogos Olímpicos de 2020.

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