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"Organização do voluntariado é um grande desafio para os próximos anos"

O Presidente da República considerou hoje que a "organização do voluntariado é um grande desafio para os próximos anos", referindo que Portugal é "dos piores países da Europa" em termos estatísticos nesta matéria.

"Organização do voluntariado é um grande desafio para os próximos anos"
Notícias ao Minuto

16:18 - 12/12/19 por Lusa

País Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta mensagem no programa "Natal dos Hospitais", transmitido em direto na RTP, a partir do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, no concelho de Cascais, em que participou.

À saída, o chefe de Estado fez também um pedido aos portugueses para que previnam a sinistralidade rodoviária nesta quadra festiva: "Se bebem não devem conduzir, se conduzem não devem beber. Devem ter cuidado com elas próprias, com os seus familiares e com os outros".

"Pensem que têm direito a gozar o Natal e a passagem do ano, não têm direito a ceifar vidas ou a deixar prejuízos irremediáveis na vida de outras pessoas", acrescentou.

No dia em que completa 71 anos, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu cantarem-lhe os parabéns antes de entrar em cena neste programa da RTP, em que falou durante cerca de dez minutos, sobre solidariedade e voluntariado, identificando um "problema de organização" em Portugal.

Segundo o Presidente da República, os portugueses são "dos melhores do mundo" a manifestar solidariedade em momentos difíceis, "mas depois, quando se trata de voluntariado organizado, nas grandes cidades, nas grandes metrópoles", Portugal é "dos piores países da Europa" em termos estatísticos.

"Só temos atrás de nós dois países europeus, somos em termos de voluntariado organizado o terceiro pior da Europa, e isto não pode ser, porque nós no dia-a-dia em termos de cuidadores informais e de solidariedade somos dos melhores da Europa. Portanto, é um problema de organização, só", sustentou.

Retomando uma sugestão que fez no início deste mês, no Porto, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "as escolas deviam ter um espaço de responsabilidade social, como há no estrangeiro, em que valia, contava para a classificação dos alunos o tempo dado a instituições sociais, o tempo dado a voluntariado".

Também "as empresas - algumas já têm - deviam ter como tempo de trabalho o tempo que aquele trabalhador não dá à empresa, mas dá à comunidade", prosseguiu. "Noutros países há. Este é o passo que temos de dar", defendeu.

O chefe de Estado concluiu que "haver uma organização do voluntariado é um grande desafio para os próximos anos" em Portugal, o que implica "que todas as instituições, escolas, empresas, outras instituições, criem espaço para essa responsabilidade social, criem espaço para o voluntariado" e que as pessoas lhe dediquem "uma parte do seu tempo".

"Sobretudo nas grandes cidades, nos centros onde as pessoas são mais egoístas e menos presentes, que essa solidariedade se traduza em voluntariado organizado", apelou.

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