O antigo Visionarium funcionava num edifício próprio do centro de congressos Europarque, no referido concelho do distrito de Aveiro, mas esse espaço encerrou em abril de 2018 e, entretanto, imóvel e respetiva marca ficaram afetos a diferentes entidades: o prédio do ex-museu foi comprado pela empresa de software IT Center, enquanto o nome 'Visionarium', os seus equipamentos lúdico-científicos e os direitos de imagem das respetivas produções multimédia foram adquiridos pela sociedade constituída em partes iguais pelo Colégio das Terras de Santa Maria e pela empresa Aventuresca.

Nuno Moutinho é o diretor do Grupo Escola Global, que detém o referido colégio e outros estabelecimentos de ensino, e revelou hoje à Lusa: "Acabámos de criar com a Aventuresca a Associação Visionarium, que é uma entidade privada sem fins lucrativos, e o nosso objetivo é que em abril possamos abrir um novo espaço dedicado à ciência, como antes, e agora também ao desporto de aventura".

A localização do novo Visionarium "ainda não está fechada", mas, "em princípio", a estrutura continuará a funcionar no Europarque, embora mudando-se do antigo imóvel para uma secção ainda por explorar no edifício vizinho do próprio centro de congressos.

"A nossa ideia é ocupar a chamada Sala da Cascata, na cave, e os espaços adjacentes. Mas a mudança está a demorar mais do que esperávamos, porque a empresa municipal Feira Viva [que gere o Europarque] exige pelo aluguer do espaço uma verba avultada e as negociações não são fáceis", admite Nuno Moutinho.

O novo coproprietário não revela o valor despendido na compra da marca Visionarium e do respetivo acervo "devido a questões de confidencialidade definidas em contrato", mas realça que "já era de longa data" a ligação do colégio da Feira e da empresa com sede em Lamego aos equipamentos e jardins do Europarque.

"Fomos a primeira escola a ter um projeto de parceria com o Visionarium, que dava formação aos nossos professores do ensino pré-escolar e do 1.º Ciclo para eles depois desenvolverem conteúdos científicos nas aulas", recorda Nuno Moutinho.

Já a Aventuresca, por sua vez, alugava parte do antigo edifício para aí armazenar os equipamentos que utilizava em atividades lúdico-desportivas nos jardins do Europarque, como "festas de aniversário, provas de canoagem, passeios de minigaivotas no lago, paintball, rappel etc.".

Com a recente criação da Associação Visionarium, as duas entidades querem agora "recuperar essa marca", devolvendo-a à sua missão de "divulgar a ciência" e enriquecendo o seu projeto com "atividades de aventura".

O espaço a criar para o efeito estará aberto ao público em geral, mas deverá funcionar sobretudo mediante marcação, "focando-se no acolhimento de grupos organizados e na realização de atividades com reserva prévia, sejam festas de aniversário, visitas escolares ou atividades desportivas".

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