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Saiba que medidas a AML aprovou para contrariar as alterações climáticas

A aposta nos transportes públicos e a possibilidade de as famílias terem painéis fotovoltaicos de produção de energia ligados à rede elétrica são exemplos de medidas com que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) pretende contrariar as alterações climáticas.

Saiba que medidas a AML aprovou para contrariar as alterações climáticas
Notícias ao Minuto

19:40 - 06/12/19 por Lusa

País Lisboa

À margem da apresentação do Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas, Fernando Medina, presidente do Conselho da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e da Câmara de Lisboa, destacou alguns dos planos para combater as alterações climáticas nos 18 concelhos da AML.

Entre eles está a necessidade de dotar de maior eficiência energética os edifícios, com "construções mais eficientes" e "uma aposta que vai ser muito forte em Lisboa e na AML nos próximos anos", que é "a produção de energia nas casas de cada um".

"A instalação de painéis fotovoltaicos ligados à rede energética permite duas coisas: ao mesmo tempo permite, por um lado, reduzir muito a fatura das pessoas com a energia, porque durante o dia as pessoas não estão em casa, estão a trabalhar, mas os seus painéis estão a produzir energia para a rede e, por isso, fazem com que o país importe ou gaste menos energia de fontes não renováveis. Em segundo lugar, vai permitir reduzir muito a fatura energética das famílias", disse, sublinhando que os agregados poderão deduzir ao seu consumo a energia que estão a produzir.

"Isso é uma coisa de que já se fala há muitos anos, chamada microprodução, ou produção doméstica de energia, mas que vai, a partir de agora, ter um grande impulso, porque a tecnologia já permite que isso seja bem feito", acrescentou.

Em relação aos transportes, Fernando Medina destacou que os resultados da introdução do passe único "são muito animadores", resultando em mais 40% de venda de passes de utilização mensal desde que foram feitas as mudanças de tarifário, o que significa que quase 200 mil pessoas a mais estão a usar o sistema de transporte público.

Por outro lado, o autarca realçou que a AML está "a negociar com o Governo que o próximo ciclo de investimentos na AML se concentre exclusivamente em mobilidade sustentável".

"Isto é, sistemas de mobilidade de transporte público coletivo pesado, seja o alargamento da extensão do Metro, seja o metro de superfície ou um elétrico pesado na ligação de Lisboa a Loures e de Lisboa a Oeiras, seja também na construção de ciclovias, seja na construção de corredores bus de elevado desempenho para permitir um transporte coletivo com grande eficácia, que chegue a tempo e horas e com regularidade", disse.

Como medidas essenciais a serem feitas nas cidades, Medina defendeu a plantação de árvores, e exemplificou que na Avenida da República, em Lisboa, a transformação de uma área de circulação viária numa área mais pedonal com árvores fez com que a temperatura no verão naquela avenida descesse cerca de três graus centígrados, o que representou um impacto positivo na qualidade de vida das pessoas.

O Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa (PMAAC-AML), hoje apresentado, estabeleceu como vulnerabilidades principais desta zona, como efeito das alterações climáticas, a ocorrência de mais secas e fenómenos extremos como incêndios, mais cheias, mais eventos extremos de calor e a subida do nível médio das águas do mar.

Após a apresentação deste plano, os 18 municípios que compõe a AML assinaram um documento, através do qual se comprometem a tomar medidas políticas, de acordo com as especificidades identificadas para os respetivos concelhos.

Fazem parte da AML os concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

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