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Ordem dos Advogados. Candidato a bastonário quer repetição de eleições

Varela de Matos, um dos seis candidatos a bastonário, considera que "todos os resultados do ato eleitoral" da Ordem dos Advogados "estão sob suspeita", após a associação pública profissional se ter enganado no vencedor do Conselho de Deontologia do Porto devido a um “erro na aplicação do método de Hondt”.

Ordem dos Advogados. Candidato a bastonário quer repetição de eleições
Notícias ao Minuto

13:15 - 04/12/19 por Mafalda Tello Silva

País Ordem dos Advogados

O candidato a bastonário da Ordem dos Advogados (OA) Varela de Matos anunciou, esta terça-feira, que vai pedir a "repetição do ato eleitoral para todos os órgãos da OA pelo método tradicional", informou num comunicado o advogado da lista D. 

Varela de Matos considera que “todos os resultados do ato eleitoral estão sob suspeita”, após a a comissão eleitoral  da OA ter anunciado por "lapso" o vencedor errado da eleição dos membros para o Conselho de Deontologia do Porto, na passada sexta-feira, tendo declarado Paula Alexandre Ferreira vencedora e não Orlando Carvalho Leite. 

Numa nota divulgada no site da associação pública profissional, a OA garantiu que a contabilização das respectivas votações tinha sido realizada de forma correcta e que o “lapso” na divulgação do vencedor deveu-se a um “erro na aplicação do método de Hondt”.

Ainda assim, a OA não avançou mais pormenores sobre o problema, deixando por esclarecer por que é que o "erro" apenas decorreu na eleição do Conselho de Deontologia do Porto e não nos restantes resultados para os órgãos nacionais e regionais da OA, cuja votação decorreu nos passados dias 27, 28 e 29 de novembro

Recordando que esta primeira volta nas eleições da Ordem dos Advogados foi a primeira realizada por voto eletrónico, Varela de Matos sublinhou que quando o novo sistema foi aprovado em assembleia geral, em julho, que se manifestou contra a decisão alegando que processo "não estava testado e ia ser uma trapalhada, como fora nas eleições para o Congresso".

"Dúvidas, erros e suspeitas na eleição dos vários órgãos. O sistema infalível, modernaço, que custou 184 mil euros das quotas dos advogados, falhou", criticou. 

Perante os argumentos por si expostos, o advogado conclui que "só há uma maneira de limpar a nódoa e eliminar todas as suspeitas: através da repetição do ato eleitoral para todos os órgãos da OA, pelo método tradicional".

Ainda na mesma nota, o candidato garante que irá fazer, hoje, um requerimento em tribunal e que participará o caso "à Procuradora Geral da República". 

A OA já avançou, em comunicado, que teve acesso ao relatório pedido pela própria sobre a auditoria realizada pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento (INOV/INESC) que assumiu que “a ordenação da lista vencedora no Conselho de Deontologia do Porto não respeitava os resultados da votação apresentados no interface gráfico da plataforma, tendo sido indicada como vencedora a lista que possuía menos votos”, acresentando que “nos Conselhos de Deontologia de Coimbra, Madeira e Açores, nos quais apenas existia uma lista, não constava a atribuição do último mandato”.

A segunda volta das eleições está marcada para dia 11 de dezembro

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