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Políticas públicas contribuíram para melhoria da qualidade da educação

As políticas públicas de educação materializadas em programas, como a Rede de Bibliotecas Escolares, contribuíram para a melhoria da qualidade da educação, das práticas pedagógicas e aprendizagens, segundo as conclusões de um estudo apresentado hoje.

Políticas públicas contribuíram para melhoria da qualidade da educação
Notícias ao Minuto

13:23 - 03/12/19 por Lusa

País Pisa

As conclusões constam de um estudo da Universidade de Lisboa, Instituto da Educação, intitulado 'Políticas Educativas e Desempenho de Portugal no PISA (2000-2015)', coordenada pelos investigadores Domingues Fernandes, Cláudia Neves, Luís Tinoca, Sofia Viseu e Susana Henriques.

Este estudo foi divulgado no dia em que foram também tornados públicos os resultados dos alunos portugueses no PISA (Programme for International Student Assessment), relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que de três em três anos mede o desempenho dos alunos de 15 anos em competências como leitura, matemática e ciências e avalia ainda outras questões como o ambiente escolar e a as condições de equidade na aprendizagem.

De acordo com o coordenador do estudo, o objetivo fundamental da investigação foi contribuir para compreender o que terá mudado no sistema escolar português que possa estar relacionado com a melhoria da qualidade da educação tendo em conta dos resultados do PISA.

"Procuramos perceber os resultados do PISA em Portugal. O estudo foi desenvolvido entre 1986 e 2018. O nosso desafio era procurar perceber os resultados em Portugal uma vez que a partir de 2009 havia uma consistente melhoria dos resultados", disse.

Para efeitos da investigação, segundo explicou Domingos Fernandes, foram analisados 15 programas nacionais que têm materializado as políticas públicas das últimas décadas, como por exemplo o Programa da Rede de Bibliotecas Escolas, o Programa Educação para Todos ou o Programa de Formação em Ensino Experimental das Ciências.

"O estudo mostrou-nos ao vivo o enorme crescimento que a vários níveis podemos perceber no sistema educativo português", disse.

Após o estudo, conclui-se que as políticas de educação materializadas nos 15 programas contribuíram de "forma mais ou menos sensível para a melhoria das práticas pedagógicas e das aprendizagens dos alunos, melhorando progressiva e continuamente as taxas de abandono e de retenção".

"Apesar da qualidade de ensino e das aprendizagens ter melhorado mais ou menos significativamente e, concomitantemente, os resultados dos alunos no PISA terem vindo a melhorar de forma que se pode considerar consistente, há ainda uma diversidade de pontos críticos que impedem que o nosso sistema escolar seja mais democrático", é referido no estudo.

Por isso, os autores recomendam que as políticas públicas deveriam continuar a apostar seriamente no desenvolvimento de programas com as características que foram sinalizadas na investigação.

"Será recomendável promover uma análise/avaliação mais aprofundada de alguns programas" para que a refundação e melhoria de alguns programas em curso e de outros descontinuados e lançamento de novos.

O estudo recomenda também que os "programas sem curso ou a criar deverão priorizar pontos críticos identificados nesta investigação e que continuam a ter efeitos nefastos na qualidade do sistema escolar com consequências negativas na sociedade em termos económicos, sociais e culturais".

"O estudo evidenciou que é necessário aprofundar a investigação das relações através do trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas" e a realização de estudos baseados na análise secundária dos dados produzidos pelo PISA", é referido.

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