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Região de Aveiro firma com a ZERO adesão ao projeto da Pegada Ecológica

A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) firmou hoje com a associação ambientalista ZERO o acordo de adesão ao projeto da Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses.

Região de Aveiro firma com a ZERO adesão ao projeto da Pegada Ecológica
Notícias ao Minuto

12:30 - 25/11/19 por Lusa

País Aveiro

O acordo vincula a CIRA e os seus 11 municípios: Águeda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos.

A adesão da CIRA ao projeto da Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses foi justificada pelo seu presidente, Ribau Esteves, na assinatura formal do acordo, com as preocupações ambientais das autarquias que estiveram na génese da própria Comunidade.

Segundo salientou Ribau Esteves, a Associação de Municípios da Ria, de que a CIRA é herdeira, nasceu por questões ambientais, dado que a Ria de Aveiro se encontrava poluída e era preciso arranjar uma instituição de base local para dar seguimento ao projeto da sua despoluição.

"A Ria é a razão mais forte em comum e estamos empenhados em capacitar todos para gerir melhor este pedaço do planeta que está na nossa mão, numa aposta que não é fundamentalista, mas que procura evoluir para um equilíbrio de fatores", disse.

Francisco Ferreira, da ZERO -- Associação Sistema Terrestre Sustentável, considerou um "marco histórico para o projeto a primeira adesão de uma associação de municípios", realçando que o mesmo tem a colaboração da Universidade de Aveiro e, à escala mundial, da Global Footprint Network, o que dá "a garantia de uma avaliação (da pegada ecológica) com a máxima credibilidade possível".

"Perante o agravamento das alterações climáticas e a sucessão de fenómenos de enormes precipitações, tempestades e subida do nível das águas, Aveiro é das zonas mais ameaçadas", considerou aquele dirigente associativo.

Para Francisco Ferreira, as ameaças sobre o planeta resultam do excesso de consumo face à biocapacidade, do desperdício e da distribuição pouco igualitária e pouco eficiente, o que exige a intervenção a diferentes escalas.

"Não bastam as conferências das Nações Unidas e a escala municipal é fundamental pela proximidade e para um melhor conhecimento para se tomarem as melhores decisões", disse.

Filipe Teles, pró-reitor da Universidade de Aveiro, uma das entidades envolvidas no projeto, considerou que o mesmo, pelos instrumentos desenvolvidos, permite dotar as autarquias de condições para que a decisão seja mais séria, capaz e informada, quanto ao impacto ambiental da sua gestão.

"Vamos continuar a colaborar com a CIRA, até porque a escala intermunicipal é determinante para o sucesso das políticas públicas nesta matéria", acrescentou.

Os resultados do projeto "permitirão obter uma visão mais integrada da região no que concerne aos recursos naturais que utiliza, através do cálculo da Pegada Ecológica, e dos recursos naturais que são gerados no seu território, através da biocapacidade".

A iniciativa permitirá também "perceber quais os setores de consumo das famílias residentes nestes municípios que mais contribuem para a Pegada Ecológica e, por outro lado, identificar as políticas locais e intermunicipais que consolidam a biocapacidade da região e o seu contributo para o país".

Até final de 2020, serão instaladas Calculadoras da Pegada Ecológica no 'website' de cada uma das autarquias para possibilitar a cada residente o cálculo da sua Pegada Ecológica individual.

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