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Braga: Confirmada nulidade de despacho sobre 40 horas de trabalho semanal

O Tribunal Central Administrativo do Norte confirmou a nulidade do despacho da autarquia de Braga que instituía as 40 horas de jornada semanal, uma decisão encarada pela oposição como uma "derrota política" da "arrogância" da maioria do executivo.

Braga: Confirmada nulidade de despacho sobre 40 horas de trabalho semanal
Notícias ao Minuto

15:50 - 18/11/19 por Lusa

País Justiça

A decisão, de que não é possível recurso, foi esta manhã dada a conhecer durante a reunião do executivo camarário, com a oposição, CDU e PS, a salientar a "derrota política" e "péssima gestão" de recursos humanos por parte da maioria PSD/CDS-PP/PPM.

Em janeiro, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga considerou nulo o despacho que instituía as 40 horas de jornada de trabalho para os trabalhadores do universo municipal, em decisão de uma ação interposta pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), alegando a falta de consulta aos trabalhadores e às suas estruturas representativas.

"O município perdeu, recorreu e voltou a perder. Confirma-se a nulidade do despacho, o que quererá dizer que o horário das 40 horas esteve a ser praticado na base de um despacho nulo", afirmou, em declarações as jornalistas no final da reunião o vereador da CDU Carlos Almeida.

Segundo o comunista, "coloca-se a reclamação legítima da hora diária que andaram a fazer a mais cinco horas de trabalho extraordinário e pode-se estar em falar num valor bastante significativo de um milhão, 1,5 milhões de euros".

Para a CDU e para o PS, esta decisão é uma "clara derroga política" do presidente da autarquia, Ricardo Rio, com o PS a salientar que o valor em causa "devia ser pago sem necessidade de reclamação dos trabalhadores".

"Nem sequer devia ser preciso esperar pelo pedido dos prejudicados, a câmara devia era tratar de fazer as contas e liquidar já", defendeu o socialista Artur Feio.

A CDU acusou ainda Rio de "arrogância por não ouvir os trabalhadores a seu cargo e que isso saiu caro aos cofres municipais".

Em resposta a estas acusações, o autarca refuta a derrota política.

"Não á uma derrota política porque aparentemente foi uma questão de natureza formal quanto a procedimentos seguidos para a tomada de decisão, mas quanto à questão politica não há dúvida sobre a legitimidade que a câmara tinha para tomar esta decisão", defendeu.

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