Modernidade e exclusão social: Dicotomia não é "drama" nem "vergonha"
No seu espaço de comentário habitual na SIC, Marques Mendes considerou que esta semana houve dois países diferentes a conviverem em Portugal, o da Web Summit e o da exclusão social. Sem vergonhas, o ex-dirigente do PSD defendeu que o país deve investir em ambas as realidades.
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País Marques Mendes
O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, considerou que os eventos que marcaram a atualidade esta semana demonstram "dois países diferentes" a coexistirem em Portugal: o "país da modernidade e da tecnologia com a Web Summit" e, depois, "o país da exclusão social", ilustrado pelo caso do sem-abrigo que encontrou um bebé num caixote do lixo em Lisboa.
O ex-dirigente social-democrata apontou que Portugal não deve encarar este cenário dicotómico com "drama" ou "vergonha".
"O importante é não perdermos de vista o essencial. E o essencial é que o país tem de investir na modernidade e na tecnologia porque é o caminho do futuro, mas também tem de investir no combate à exclusão social e na promoção da solidariedade", defendeu acrescentando que "os sem-abrigo são de facto uma causa essencialíssima", concordando com a visão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que estabeleceu como prioridade até 2023 retirar todos os sem-abrigos das ruas em Portugal.
Marques Mendes concluiu que a semana foi marcada por "boas e más notícias", sendo que "as boas notícias são que o investimento público na Web Summit é bem vindo e tem retorno", colocando "Portugal na rota dos setores mais dinâmicos da economia". E "as más notícias são que o investimento nos sem-abrigo, que é o mesmo que referir o investimento no combate à exclusão social, está bem aquém das necessidades e das expectativas".
O comentador televisivo, que este domingo fez a sua análise a partir de Paris, aproveitou ainda para recordar que o "Governo prometeu investir 131 milhões de euros nos sem-abrigo" e que, contudo, "Lisboa e Porto garantiam que ainda nada receberam".
"Aqui está uma boa reflexão que o novo Parlamento e o novo Governo podiam e deviam fazer", atirou.
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