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Costa lembra que as mulheres ainda "têm de trabalhar mais 54 dias"

O primeiro-ministro deixou uma mensagem na rede social Twitter a propósito do Dia Nacional da Igualdade Salarial que se assinala a 8 de novembro.

Costa lembra que as mulheres ainda "têm de trabalhar mais 54 dias"
Notícias ao Minuto

19:50 - 08/11/19 por Filipa Matias Pereira

País Igualdade de género

Assinala-se, esta sexta-feira, o Dia Nacional da Igualdade Salarial. E, para destacar a efeméride, o primeiro-ministro deixou uma mensagem na rede social Twitter.

António Costa começou por frisar que "hoje é Dia Nacional da Igualdade Salarial porque as mulheres têm de trabalhar mais 54 dias do que os homens para ganharem o mesmo, tantos dias quantos os que faltam para o ano terminar".

Aproveitou o chefe de Estado para realçar que, "desde 2018, ganhámos 4 dias de igualdade" e que o Governo irá continuar "a lutar para ganhar os que ainda faltam".

Saliente-se que os números mais recentes do Governo apontam para uma diferença de 14,8%, ou seja, as mulheres ganham menos 149,70 euros do que os homens e a tendência é esta diferença crescer à medida que nos aproximamos de quadros superiores. Neste caso, a disparidade pode chegar aos 617,7 euros.

Em entrevista à agência Lusa, a propósito do Dia Nacional da Igualdade Salarial, que se assinala hoje, a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) destacou que nos últimos quatro anos Portugal tem evoluído de forma positiva na diminuição das desigualdades salariais entre mulheres e homens.

"Sobretudo porque com a retoma da economia o salário mínimo aumentou e nós sabemos que o maior grupo de pessoas que recebe salário mínimo são mulheres, o que significa naturalmente que a disparidade diminuiu", apontou Joana Gíria.

Outro fator que contribuiu para essa diminuição foi a "desvalorização do salário dos homens durante o período de crise e que ainda não foi totalmente retomada".

A presidente da CITE explicou que em Portugal o Dia da Igualdade Salarial assinala-se simbolicamente em 8 de novembro, porque marca o número de dias em que as mulheres não são pagas face ao que é o seu rendimento.

"Havendo uma disparidade de 14,8% de rendimento em desfavor das mulheres, fazendo as contas, são 54 dias por ano que as mulheres teriam de trabalhar a mais para atingirem os rendimentos dos homens. Ou, de outro modo, os homens poderiam deixar de trabalhar no dia 8 de novembro e as mulheres teriam de continuar até ao fim do ano para receberem o mesmo salário", referiu.

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