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Riscos ambientais são também riscos financeiros, diz Matos Fernandes

O ministro do Ambiente e da Ação Climática defendeu hoje, em Lisboa, que os riscos ambientais são também riscos financeiros e, por isso, devem ser incluídos nas análises de todos os bancos.

Riscos ambientais são também riscos financeiros, diz Matos Fernandes
Notícias ao Minuto

15:16 - 05/11/19 por Lusa

País Matos Fernandes

"Os riscos ambientais são já hoje reconhecidos como riscos financeiros [...] e, como tal, têm que estar incluídos nas análises de riscos de qualquer banco", defendeu João Pedro Matos Fernandes, na abertura da conferência "Financiar a nova economia de baixo carbono", organizada pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Naquele que definiu como o seu primeiro momento público enquanto ministro do Ambiente e da Ação Climática, o governante lembrou que, em Inglaterra, "muito em breve" serão realizados testes de 'stress' de riscos ambientais na banca.

No entanto, Matos Fernandes sublinhou que é ainda difícil convencer as empresas responsáveis pelos produtos financeiros da importância dos 'produtos verdes'.

O ministro do Ambiente lembrou ainda que Portugal foi o primeiro país a assumir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050, meta inserida no roteiro para a neutralidade carbónica, vincando que, neste sentido, é preciso um bilião de euros de investimento.

Na transição para um modelo económico sustentável, o Estado, segundo Matos Fernandes, terá um "papel ativo", tendo assumido já vários compromissos como a elaboração de uma estratégia nacional para o financiamento sustentável e a definição de critérios mínimos de descarbonização e usos de recursos.

Paralelamente, o Governo compromete-se a aproveitar todo o potencial do próximo Quadro Financeiro Plurianual (QFP) em relação a estas matérias.

Também na abertura da sessão, o presidente da comissão executiva da CGD, Paulo Moita de Macedo, considerou que os desafios que se colocam hoje, ao nível do ambiente, "não se esgotarão amanhã", podendo estes ser percorridos com "maior ou menor" capacidade construtiva, criadora e produtiva.

Paulo de Macedo alertou também que os agentes económicos, institucionais e governamentais devem estar "à altura" dos desafios, inovando os instrumentos a aplicar.

"As empresas constituem poderosos agentes de mudança. A Caixa [Geral de Depósitos] tudo fará para contribuir para um futuro resiliente e sustentável para as atuais e futuras gerações", concluiu.

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