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Zero quer interdição total de voos das 00h às 6h no Aeroporto de Lisboa

Associação exige que as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures tornem públicas as suas posições nesta matéria.

Zero quer interdição total de voos das 00h às 6h no Aeroporto de Lisboa

A associação Zero exige a interdição total de voos entre a meia-noite e as 6h da manhã no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, a Zero revela que tem vindo a conduzir uma campanha denominada ‘dÉCIbEis A Mais, o Inferno nos Céus’, que pretende alertar e sensibilizar para o ruído dos aviões e o seu impacto na cidade de Lisboa, “numa altura em que o Governo português pretende ampliar de forma muito significativa a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado”.

Além disso, relembra a Zero, a Organização Mundial de Saúde (OMS) “é clara nas recomendações e a população em Lisboa está exposta a níveis de ruído muitíssimo mais elevados” e a capital portuguesa tem, segundo esta associação, níveis 26 a 30 decibel acima das recomendações da OMS para zonas afetadas por tráfego aéreo.

E, recorda a Zero, este tipo de ruído “é uma forte fonte de perturbação da qualidade de vida das pessoas, nomeadamente, o ruído noturno, e encontra-se ligado a doenças crónicas, incluindo stress e doenças relacionadas, mas também a perturbações na aprendizagem das crianças e mesmo doenças cardiovasculares”.

Ainda no mesmo comunicado, a Zero garante que o atual regime de exceção que regulamenta o funcionamento dos aeroportos não é compatível com os princípios da legislação em vigor sobre o ruído e denuncia “ultrapassagens em vários dias ao limite diário de 26 voos no período noturno, sendo principalmente notórias as ultrapassagens na base semanal (limite de 91 voos)”.

No comunicado, a ZERO adianta que aguarda respostas a uma queixa apresentada à Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e que a Inspeção-Geral do Ambiente confirmou, numa ação de fiscalização realizada este ano, a "violação do regime de exceção de voos noturnos".

A Zero exige ainda que as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures tornem públicas as suas posições nesta matéria, sobre a qual a associação recebe, “numa base praticamente diária”, queixas dos cidadãos de Lisboa, Loures e outros concelhos limítrofes à área envolvente do aeroporto.

Recorde-se que o jornal Público noticiou hoje, citando fonte oficial da ANAC, que o regulador abriu vários processos de contraordenação a transportadoras áreas que ultrapassaram os níveis de ruído permitidos por lei no Aeroporto Humberto Delgado.

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