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Noite romântica vira pesadelo. Maria foi agredida durante 8 horas

Namorado preparou jantar romântico, mas depois agrediu-a com violência.

Noite romântica vira pesadelo. Maria foi agredida durante 8 horas

Maria Somero, de 59 anos, sobreviveu, na passada semana, a uma noite de terror. A empresária, proprietária de um hotel numa zona isolada da Figueira da Foz, foi, alegadamente, agredida com violência pelo namorado durante cerca de 8 horas.

Tudo começou no regresso de uma viagem à Finlândia, na passada segunda-feira. Quando Maria chegou ao seu hotel, o companheiro tinha preparado, com a ajuda da empregada, um jantar romântico.

Depois de jantarem, quando subiram ao quarto, pelas 4h da manhã, conta Maria à TVI, tinha mais uma surpresa. A cama estava decorada com um coração, havia chocolates, espumante e flores por todo o lado. A empresária tirou uma fotografia para registar o momento e dirigiu-se à casa de banho para tomar um duche. Já aí, foi surpreendida pelos murros do namorado.

Comecei a despir-me para tomar banho e ele veio e começou a bater-me aos murros por trás. Deu-me até se cansar. Chegou a uma altura que disse: ‘já me doem tanto as mãos’”, desabafa Maria.

Durante o ataque, que começou de madrugada e só terminou às 12h de terça-feira, a mulher não só foi espancada como foi amarrada e torturada.

A certa altura, Maria tentou fugir, mas o homem conseguiu apanhá-la e arrastou-a de volta ao hotel com um cinto no pescoço.

“[A certa altura] tentei fugir. Ainda consegui chegar até à estrada, mas desmaiei. Gritei tanto que fiquei com a boca seca e fiquei sem forças. Ele apanhou-me e pôs-me o cinto no pescoço e trouxe-me assim. Entretanto, já aqui [junto ao hotel], não sei como é que eu fiz, mas tirei o cinto do pescoço. Tinha o cabelo apanhado para ir tomar banho e ele agarra-me pelo cabelo e puxou-me até dentro à sala. Voltou a amarrar-me com os fios do telefone”, revela a empresária sem conseguir encontrar justificação para tão violento ataque.

O namorado agressor acabou detido pela polícia e ao ser presente a tribunal, para primeiro interrogatório judicial, na passada quinta-feira, ficou proibido de contactar e de se aproximar da vítima, com colocação de pulseira eletrónica.

Apesar das medidas de coação, Maria continua a sentir-se em perigo. De acordo com a vítima de violência doméstica, os movimentos do namorado ainda não estão a ser controlados pelo dispositivo eletrónico.

“Neste momento o agressor tem mais proteção que eu. Deixaram-no em liberdade. Eu estou aqui que não consigo dormir, não consigo comer, não consigo fazer nada. Nada. Estou aterrorizada e cheia de medo que ele me apareça aqui e me faça pior do que aquilo que já me fez. Apelo mais uma vez ao juiz para por favor tomar conta do meu caso e de outros casos como o meu”, pede Maria, aterrorizada.

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